Uma manifestação ocorrida na manhã de sábado lembrou os 74 dias do desaparecimento do menino Ícaro Alexandre Pereira, sete anos, em Balneário Camboriú. A ação, organizada por duas voluntárias que se sensibilizaram com o caso, ocorreu nas proximidades da Praça Almirante Tamandaré. Foram colocadas 74 estacas com desenhos feitos por crianças e pelo próprio Ícaro para lembrar a quantidade de dias do sumiço. A mãe do garoto também esteve presente no ato.
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O grupo entregou panfletos com a foto de Ícaro para a população. A intenção é ampliar a divulgação do desaparecimento – já que a cidade está cheia de turistas – para tentar obter novas informações que possam levar ao paradeiro da criança. Uma das organizadoras do protesto, Ana Carolina Jacinto diz que a ação serviu para que o caso não caia no esquecimento:
– Eu e a Bruna Cristina de Oliveira, que mantém a página no Facebook “Cadê o Ícaro?”, nos sensibilizamos com a história e decidimos fazer essa ação. Foi muito positivo, muita gente se mobilizou e pessoas que vivem ou viveram histórias parecidas prestaram seu apoio – conta.
O protesto começou por volta das 7h30 e seguiu até o meio-dia de sábado, na Praia Central. Segundo Ana, muitas pessoas foram até o local e, inclusive, deram apoio à mãe do menino, Ariane Pereira.

Desaparecimento
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Ícaro sumiu de casa no dia 9 de fevereiro, feriado de Carnaval, e não foi mais visto pela família. De acordo com o relato dos pais, ele estava sozinho no apartamento onde morava, na Rua 3450, quando desapareceu. A mãe e o padrasto viram que o menino havia sumido quando chegaram em casa, por volta das 18h.
Para a Polícia Civil, o padrasto do garoto é o principal suspeito do desaparecimento. Alóis Gebauer, 41 anos, chegou a ser preso por 30 dias e depois liberado por falta de novos indícios. A defesa dele alega inocência e diz que tem álibi que comprova a ida dele até o trabalho em 9 de fevereiro.
A Delegacia de Desaparecidos de Santa Catarina trabalha com a hipótese de Ícaro estar morto e deve fazer nos próximos dias mais uma busca pelo corpo do garoto. No início deste mês, os bombeiros e a Polícia Militar montaram uma operação para procurar pelo cadáver, mas nada foi encontrado.
A falta de provas e as perícias inconclusivas dificultam o andamento da investigação. A esperança de algum resultado reside nos exames de DNA. Os resíduos enviados para o IGP da Capital seguem em análise. O trabalho pode durar até seis meses.
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