O desaparecimento do menino Ícaro Alexandre Pereira, sete anos, completa um mês nesta quarta-feira ainda sem pistas sobre o seu paradeiro. A Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú pediu na semana passada a prisão do padrasto do menino, porém até agora nenhuma informação nova surgiu.
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O delegado responsável pelas investigações, Rodolfo Farah, explica que a polícia ainda não conseguiu definir o que aconteceu com Ícaro. De acordo com ele, o tempo de desaparecimento também fortalece a hipótese de homicídio.
– Pelo aspecto do tempo, a hipótese de que algo de ruim aconteceu com ele se torna muito mais forte. Temos que considerar a possibilidade de ele estar morto – afirma.
Farah ainda aguarda os resultados das perícias feitas na casa de Ícaro e nos veículos da família. Na última sexta-feira, o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Balneário Camboriú encaminhou as amostras colhidas na residência da criança para o IGP de Florianópolis. Lá, os peritos irão analisar se os vestígios encontrados são mesmo biológicos, como sangue ou sêmen. Se isso se confirmar, o próximo passo será um teste de DNA.
No entanto, caso a perícia seja inconclusiva, a Polícia Civil terá que repetir as diligências feitas para tentar descobrir novas informações.
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– Trabalhamos com a perícia laboratorial como fator essencial para a continuidade das investigações. Esperamos receber o quanto antes o resultado, mas é uma perícia complexa, que demanda atenção e rigor – explica.
O sumiço
Ícaro desapareceu de casa no dia 9 de fevereiro, feriado de Carnaval. Ele teria ficado sozinho no apartamento da família, na Rua 3.450, no Centro, enquanto os pais trabalhavam e, ao voltarem para casa, não encontraram o filho. O sumiço foi notado por volta das 18h. A família veio de São Paulo para o litoral há seis meses e o menino conhece pouco as ruas da cidade. No dia do desaparecimento Ícaro vestia uma camisa pólo verde, uma bermuda quadriculada azul e branca e um chinelo do Homem-Aranha.
Para a Polícia Civil, a criança não teria conseguido sair de casa sozinha, pois o prédio possui grades e segurança. Vizinhos também não notaram a presença do menino no imóvel no dia do desaparecimento.
De acordo com o delegado, câmeras de monitoramento nos arredores do bairro e em outros pontos da cidade foram analisadas, mas não trouxeram novidades ao caso. A polícia também investigou a possibilidade da disputa pela guarda da criança com o pai biológico ter sido o motivo do desaparecimento, mas não confirmou essa hipótese.
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Outras quatro denúncias sobre o possível paradeiro de Ícaro também foram apuradas e descartadas.
(Colaborou Bianca Ingletto, RBS TV)