Relembre outros casos de bares de praia que foram demolidos na região da Grande Florianópolis

A decisão da Justiça Federal em Santa Catarina de demolir beach clubs em Jurerê Internacional, em Florianópolis, não é inédita em casos semelhantes. Outros estabelecimentos, erguidos em áreas de preservação como a praia e dunas, já foram derrubados ou interditados indefinidamente por determinação judicial na região da Grande Florianópolis. Relembre abaixo alguns casos:

Justiça determina demolição de beach clubs em Jurerê Internacional

Justiça determina que beach clubs não podem ocupar areia na praia de Jurerê

Liminar determina que registros de ocupação de beach clubs em Jurerê Internacional sejam cancelados

Bar do Chico, Campeche, julho de 2010

O Bar do Chico, na praia do Campeche, que funcionava desde os anos 1980, foi demolido. Na Justiça, foram 10 anos até a decisão pelo fechamento. Mas, segundo a Justiça, o estabelecimento estava em área de preservação ambiental, e por isso foi derrubado a pedido da Fundação Municipal do Meio Ambiente.

A história virou um premiado documentário do diretor canadense Todd Southgate, especializado em produções sobre questões ambientais.

Bar do Chico é demolido no Campeche, em Florianópolis

Morre seu Chico, proprietário do extinto Bar do Chico, no Campeche

Localizado em área de dunas, o antigo Bar da Canoa – rancho de pesca transformado em estabelecimento comercial depois de uma reforma – foi demolido no mês de janeiro de 2012. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), a reforma do rancho, que existiu por cerca de três décadas, foi feita sem autorização e descaracterizou a construção, erguida sobre dunas.

Kioske do Pirata, Praia Brava, Junho de 2012

O popular Kioske do Pirata, na Praia Brava, também foi demolido. As areias nas temporadas de verão seguintes passaram a ser atendidas apenas por tendas de serviço licitadas para o período. O prazo de exploração dos locais – 20 anos, acordados na década de 80 – venceu em 2008. Durante quatro anos os bares funcionaram irregularmente. Em 2012, voltaram a ser propriedade da prefeitura.

Bar do Evori, Guarda do Embaú (Palhoça), outubro de 2013

O Bar do Evori, ponto conhecido de quem frequenta a Praia da Guarda do Embaú, foi interditado. Transformado em estabelecimento comercial há pelo menos 23 anos, o local esta em uma área de proteção ambiental. Os donos do bar, o casal Evori Alves Filho e Dalva Santos, ainda brigam na justiça pela reabertura do local, que segue fechado até hoje.

Bar Pé na Areia, Naufragados, no Sul da Ilha

O proprietário de um bar de praia chamado Pé Na Areia, em Naufragados, no Sul da Ilha, tenta provar na Justiça que é morador do local desde antes da criação do Parque estadual da Serra do Tabuleiro, o que lhe garantiria permanência definitiva. Segundo o MP, o estabelecimento fica em área de preservação ambiental e causa danos à natureza.