Para a próxima temporada de verão, a Praia Brava, em Florianópolis, terá apenas tendas de serviço que serão licitadas e o uso será de um ano. Os bares que existiam ali, como o tradicional Kioske do Pirata, começaram a ser demolidos, nesta semana. Um outra demolição está prevista para segunda-feira na Praia Brava.
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As derrubadas foram ordenadas pela prefeitura. Os cinco terminais, que abrigavam bares na orla da praia, pertencem ao município. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Rauen, explica que quando houve a aprovação do loteamento da Praia Brava ficou determinado que, após 20 anos de exploração comercial dos cinco pontos, eles passariam a ser da prefeitura. O prazo terminou em 2008 e, desde então, nada foi feito.
Para a próxima temporada, a saída encontrada pela prefeitura, para que a praia não fique sem os serviços de bar e restaurante, foi a colocação de tendas e de banheiros químicos. Para o outro verão, será feita a concessão dos terminais por 15 anos cada um.
– Para este ano não dá mais tempo, porque não conseguiremos fazer a concessão – observa o secretário.
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A ideia é que os terminais sejam ocupados conforme um projeto proposto pela Associação Praia Brava (APBrava), formada por moradores da praia. O secretário garante que a demolição dos bares existentes, para a construção de novos, foi um consenso geral, entre prefeitura e membros da associação, que estiveram reunidos no último dia 20.
– Ele se comprometeram a apresentar um projeto arquitetônico até novembro. Preciso ter o projeto para lançar o edital de licitação. Mas se eles não entregarem, eu contrato uma empresa para fazer esse projeto – ressalta. ?
Associação diz estar surpresa com a demolição
A gerente executiva da APBrava, Dagmar Luz de Andrade, esclarece que a demolição dos bares não ficou acordada na reunião com a prefeitura. O combinado era que, para a próxima temporada, o estabelecimentos receberiam reparos e ajustes. O projeto seria entregue à prefeitura no dia 26. Depois, para o outro verão, haveria a troca dos terminais.
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– A gente saiu da reunião, sem saber que aquilo seria derrubado. No dia seguinte do encontro, o arquiteto contratado passou a manhã inteira na praia, indo de terminal a terminal, estudando o que seria feito – relata.
Para a gerente, as demolições poderiam ter sido evitadas, se, em 2008, a prefeitura já tivesse tomado as providências.