O Festival de Dança de Joinville reserva um momento de sua programação para espetáculos completos que possibilitam aprofundamento na discussão crítica e na pesquisa, na Mostra Contemporânea, que tem sua primeira apresentação neste sábado.
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Nesta edição, cinco apresentações foram escolhidas após a organização abrir seletiva especial para obras que tiveram estreia entre 2014 e 2017 – até o ano passado, os grupos eram convidados a partir de indicações da curadoria artística.
Confira a programação do Festival de Dança de Joinville neste fim de semana
Além de possibilitar ao público assistir a trabalhos de diferentes gêneros que têm em sua marca o uso de novas linguagens cênicas, é também a oportunidade de estas companhias estarem diante de um público ¿qualificado¿.
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– Quem assiste à Mostra Contemporânea é porque realmente se interessa por dança–- analisa o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz.
A dificuldade de palco que essas companhias profissionais menores tem é imensa. De dançar para valer, recebendo cachê, com público, a parte técnica que precisa.
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Auto-matismos, da companhia Automatismo (CE)

O trabalho foi contemplado no Edital Ateliê de Composição Coreográfica e Processos Criativos em Dança da Vila das Artes e é inspirado nas reflexões sobre a lógica da coexistência e a construção da performance que se dá no encontro entre ¿com-posições¿, segundo o diretor do grupo, Victor Macdowell.
Sábado, às 17 horas, no palco do Centreventos Cau Hansen. Gratuito.
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Non Stop, da Cia. Híbrida (RJ)

Considerado um dos melhores espetáculos de dança de 2015 pelo jornal O Globo, desenvolve-se a partir da discussão corpo versus máquina e da pesquisa sobre a circularidade nas danças urbanas. A obra ressignifica elementos dentro de diversos estilos, tais como o breaking e seus power moves e footworks; o fluxo contínuo dos slides, os braços de waackin¿, entre outros passos. A obra atua como lente de aumento, evidenciando o dançarino urbano, na sua movimentação, força e energia de corpo vigoroso e ¿sem limites¿.
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Sábado, 29 de julho, às 17 horas, no Teatro Juarez Machado. Gratuito.
Porque somos Mutantes,da Cia. Fragmento de Dança (SP)

Tem como ponto de partida a obra do escultor e fotógrafo Jason Taylor para pesquisar um corpo impermanente, por onde transitam memórias e sentimentos. Também foram investigados procedimentos utilizados por estátuas vivas a fim de entender o que se passa entre pausa e movimento. O trabalho discute processos inevitáveis de transformação, nos quais se perde o registro do que somos.
Sexta-feira, 28 de julho, às 17 horas, no Teatro Juarez Machado. Ingressos a R$ 22 no site Ticket Center e na bilheteria do Centreventos Cau Hansen.
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Escuta! Performance Urbana, da Cia. Híbrida (RJ)

A intervenção urbana ocorre no terminal central de Joinville como parte das Estratégias para Desembrutecer o Olhar, e busca responder a perguntas referentes ao impacto da dança. Na primeira, bailarinos misturados às demais pessoas propõem pausas em grupo, passos isolados, juntos, misturados, de modo a gerar um estranhamento e, quem sabe, acordar aquele que passa bem ao lado. Na segunda, com fones no ouvido e desplugados de qualquer aparelho, oferecem a possibilidade de um contato, que se dá pela extremidade do fone.
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Sexta-feira, às 18 horas, no terminal central. Gratuito.
O Crivo, do grupo Ateliê do Gesto (GO)

Inspiradas em três contos de Guimarães Rosa, a literatura e a dança dialogam a partir destas histórias e suas imagens: o rio, do conto A Terceira Margem do Rio; em ¿e¿ do título do conto Nada e a Nossa Condição; e, de O Espelho, o próprio objeto é a imagem escolhida.
Quarta-feira, 26 de julho, às 17 horas, no Teatro Juarez Machado. Ingressos a R$ 22 no site Ticket Center e na bilheteria do Centreventos Cau Hansen.