As pessoas foram entrando aos poucos na estrutura montada na praça Nereu Ramos, no Centro de Joinville, para conferir um dos palcos abertos do 35º Festival de Dança. Algumas saíram de casa para assistir às apresentações gratuitas, outras passavam pelo local e, movidas pela curiosidade, entraram para conferir as apresentações. Na praça, uma espécie de teatro de rua foi montado para propiciar uma experiência única ao público.
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Os espetáculos desta quinta-feira começaram por volta das 12 horas. Às 12h30, a casa estava cheia. Os espectadores tiveram que ficar em pé, ao lado do palco. Douglas Silva, 31 anos, saiu de um curso e precisou atravessar a praça para ir ao trabalho. Ele não resistiu e parou para assistir às apresentações.
– Estou aproveitando meu horário de almoço, a estrutura aqui está muito bem organizada e estruturada – afirmou.
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Uma das apresentações que Douglas acompanhou foi do Grupo Palco Escola de Artes. A equipe veio de Natal, Rio Grande do Norte. Com tampões nos olhos, chapéu e roupa vermelha, as bailarinas apresentavam a coreografia intitulada Pirata. A produtora Edja Cabral conta que as bailarinas estavam ansiosas antes da apresentação.
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– Para eles, é muito importante se apresentar no Festival de Joinville porque vêm pessoas de várias partes do País, tem muita visibilidade – garantiu.
Além dos talentos de fora da cidade, havia grupos como o da Escola Municipal Pedro Ivo Campos. O programa Dançando na Escola é formado por alunos e ex-alunos da unidade. A escola é hexacampeã na categoria danças populares júnior e também se apresentou no palco aberto. Para este ano, a equipe preparou o espetáculo Cavalhada, uma luta entre Mouros e Cristãos. Segundo a coreógrafa Elisiane Wiggers, apesar da experiência do grupo no Festival, cada ano uma nova expectativa é vivenciada.
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A coreógrafa também salienta a importância dos palcos abertos para o Festival. Segundo ela, esses locais possibilitam a todos os moradores e visitantes de Joinville respirarem dança durante o evento, já que as apresentações nos palcos abertos são gratuitas. A equipe do Dançando na Escola conta com 25 integrantes, de 13 a 16 anos.
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– Para os bailarinos, também são muito importantes esses locais. Eles têm contato mais próximo com o público e interagem diretamente com outros bailarinos – explicou.
Não é somente o público que prestigia os palcos alternativos. Sem piscar os olhos durante o espetáculo, Maria Solani Muniz demonstra o orgulho da filha Gabriella rodopiando no palco. Ela sempre acompanha a equipe, ajuda nos figurinos e na concentração que antecede a apresentação.
– Ela participa há três anos e mesmo assim eu sempre fico muito ansiosa antes de ela entrar no palco.
