Os bairros São João e Cordeiros registraram nesta semana casos suspeitos de dengue em Itajaí – até então todos os casos tinham ocorrido no São Vicente. O dado, conforme a diretora de Vigilância Epidemiológica, Rachel Marchetti, mostra que a doença está se alastrando. Ao todo são 10 novos pacientes sendo investigados – os sete casos anteriores foram descartados.
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A cidade já registrou cinco casos confirmados de dengue no bairro São Vicente e um sexto, no Cidade Nova, está em análise para saber se foi contraído no município.
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Rachel afirma que o surto da doença em Itajaí não está controlado, prova disso é que há dificuldade em contabilizar o número de focos existentes. A diretora acredita que os casos suspeitos estão aparecendo porque a comunidade está em alerta e procurando atendimento médico.
– Acho que não caiu a ficha, as pessoas não estão entendendo o que a gente está dizendo. Quando há infestação é difícil voltar atrás, vamos ter que conviver com isso por um tempo. Pedimos que as pessoas olhem o seu quintal e retirem tudo que possa guardar água – explica.
Para conter os focos de mosquito, a prefeitura orienta que os moradores não acumulem água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos, lixeiras, entre outros. Também é necessário redobrar os cuidados com as bromélias, que podem armazenar as larvas do mosquito Aedes Aegypti.
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Mutirão recolheu mais de 500 recipientes
O mutirão emergencial feito na segunda e terça-feira no bairro São Vicente – que já registrou cinco casos da doença – recolheu mais de 500 recipientes que poderiam acumular água. Um dos pontos positivos, segundo a prefeitura, foi que a maioria dos moradores aceitou fazer a retirada das bromélias de suas casas, já que a planta tem sido um dos principais alvos do mosquito.
A diretora da Vigilância Epidemiológica comenta que dois caminhões de sujeira foram retirados do bairro – ao todo foram limpos 15 quarteirões próximos aos locais onde os casos de dengue foram registrados.
– Esse mutirão foi um grito de desespero para parar o que estava ocorrendo ali. Não é nossa função retirar lixo das casas das pessoas. Tenho certeza que a situação vai piorar se as pessoas não limparem suas casas – afirma.
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