Em visita a São Francisco do Sul nesta terça-feira, o governador Raimundo Colombo assinou investimentos para a cidade e também falou sobre segurança pública. Conhecedor do aumento da criminalidade em Joinville e do clamor das corporações por mais policiais, o governador aposta em forças-tarefas e tecnologia para otimizar o trabalho sem necessariamente ampliar o efetivo.
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Colombo defende que é preciso mudar a cultura para dar efetividade ao serviço.
– Na Lei de Responsabilidade Fiscal, 49% (da arrecadação estadual) são o limite máximo de gasto com pessoal. Se eu ultrapassar isso, não posso assinar convênio e nem receber verba. De agosto em diante, começa a cair (o limite) e há condições de assumir outras responsabilidades e contratar mais gente – explica.
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Para driblar o comprometimento com a folha, Colombo promete investir em tecnologia.
Um dos compromissos é investir na compra de tablets para a polícia ostensiva. De acordo com Colombo, o recurso tecnológico diminui o tempo de atendimento de uma 1h20 para 12 minutos em uma ocorrência de trânsito, por exemplo, onde há uma série de burocracias a serem registradas. Em vez de utilizar o papel, os policiais contariam com o sistema mobile.
Em Joinville, os equipamentos devem ser comprados por meio de um convênio com a Prefeitura. Ainda não há um número definido de aparelhos porque o processo está em fase de orçamento. A compra, que será realizada por meio de licitação, deve ocorrer em dois meses.
As câmeras de monitoramento, outra aposta deste governo, estão em fase de finalização em Joinville. Os cem novos equipamentos instalados na cidade devem entrar em operação em aproximadamente um mês, segundo previsão da PM.
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Uma nova promessa do Estado é a instalação de salas de audiência por videoconferência nas unidades prisionais. A transmissão seria simultânea e o preso seria ouvido em uma sala. O projeto já funciona no Presídio de Itajaí. Outras duas unidades da Grande Florianópolis estão na fila para receberem o investimento.
A ideia é liberar as viaturas que fazem escoltas de presos até o fórum para atuarem em ocorrências policiais. Segundo o governador, a PM faz quatro mil escoltas por mês em Santa Catarina. Joinville está incluída neste planejamento.
Mais policiais só no ano que vem
De acordo com Raimundo Colombo, há dois concursos públicos em andamento, tanto para a Polícia Civil quanto para a Polícia Militar. No caso da Polícia Civil, a intenção é nomear 768 profissionais, entre delegados, agentes, escrivães e psicólogos, para atender a todo o Estado. Este concurso já aconteceu no ano passado, mas os aprovados ainda não foram nomeados. O novo prazo para nomeação é neste semestre. Como o curso de formação dura quatro meses, os policiais devem iniciar as atividades no próximo ano.
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Com relação à Polícia Militar, foi realizado um concurso com 649 vagas para soldados. O processo está em fase de investigação social dos candidatos. O curso está previsto para começar em 19 de outubro. Como a formação dura em média oito meses, os novos PMs também devem começar a trabalhar no ano que vem.
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Estes policiais que entrarão na corporação deverão suprir a demanda de profissionais que se aposentaram. Colombo admite que não será possível suprir a necessidade de incremento do efetivo em pouco tempo.
– Há uma problema que é a aposentadoria, você precisa fazer um esforço para, no mínimo, repor (os aposentados). Lá trás, durante dez anos, se contratou 500 policiais. Então, vai levar mais dez anos pra repor o efetivo – disse o governador.
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