O resultado dos laudos periciais sobre as seis mortes que marcaram a madrugada do dia 6 de dezembro de 2015 em Joinville pode mudar o rumo da investigação. Embora a polícia não descartasse a relação entre os assassinatos, havia a suspeita de que as execuções de André Manolo Corrêa, 35 anos; Diogo da Rocha Garbari, 27; e Daniel Alves de Lima, 32 _ que ocorreram no bairro Paranaguamirim _ não teriam ligação com os assassinatos de Adão Pereira da Silva, 37; Ederson Bonette Barbosa, 27; e Alex Muniz Evaristo, 28 _ que ocorreram no bairro Fátima. Todos foram executados a tiros. Pelo menos duas vítimas do Fátima foram assassinadas de joelhos.

Continua depois da publicidade

Leia mais:

Joinville registra sete homicídios em cerca de três horas

Momentos de terror na zona Sul de Joinville, relatam moradores

Continua depois da publicidade

Delegado que investiga o caso diz que vítimas eram usuárias de drogas

Moradores contestam versão de relação com guerra entre facções

Presos três suspeitos de envolvimento em mortes de noite sangrenta

Suspeito de envolvimento nas mortes tem prisão prorrogada

Depoimentos de familiares indicavam que as três mortes do Paranaguamirim poderiam ter decorrido de uma briga familiar, já que os três eram amigos. Na época, a mãe de uma das vítimas relatou à reportagem de “A Notícia” que o genro dela teria agredido a filha e que o filho _ assassinado horas depois _ teria se envolvido na discussão.

– Ele (genro) ligou para o meu marido e ameaçou matar meu filho. Ele disse: ‘Dessa noite, ele não passa’ – contou a mulher.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Fabiano Silveira, o fato novo surgiu no laudo balístico. O exame identificou que uma das armas foi utilizada tanto nas execuções do Paranaguamirim quanto nos assassinatos do bairro Fátima. A prova indica que os crimes podem ter relação. Porém, o caso ainda não está sendo considerado uma chacina porque a conexão entre os crimes está sendo investigada.

Continua depois da publicidade

Mais perto da resposta sobre a motivação do assassinato em série, o delegado solicitou prorrogação do prazo para conclusão do inquérito. A equipe terá mais 60 dias para identificar os autores dos crimes.

Pelo menos três suspeitos chegaram a ser presos temporariamente na primeira fase da investigação. Eles foram interrogados e liberados dias depois. Novas testemunhas devem ser interrogadas nesta segunda fase.

Sétima morte não tem relação

Uma sétima vítima foi morta na mesma madrugada do dia 6. Porém, desde o início da investigação a polícia descartou a relação da morte de Valdinei Aparecido de Souza, de 41 anos, com as seis execuções. Diferente dos demais, Valdinei foi morto com golpes de faca. O caso está sendo investigado em outro inquérito policial.

Continua depois da publicidade