Três suspeitos de estarem envolvidos com seis das sete mortes ocorridas em menos de quatro horas na madrugada do dia 6 de dezembro foram presos pela Divisão de Homicídios de Joinville.
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Joinville registra sete homicídios em cerca de três horas neste domingo
Momentos de terror na zona Sul de Joinville, relatam moradores
A polícia instaurou três inquéritos separados para investigar os assassinatos daquela madrugada sangrenta. Um dos inquéritos investiga as mortes de André Manolo Corrêa, 35 anos, Diogo da Rocha Garbari, 27, e Daniel Alves de Lima, 32, assassinados no bairro Paranaguamirim.
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O segundo inquérito investiga as execuções de Adão Pereira da Silva, 37, Ederson Bonette Barbosa, 27, e Alex Muniz Evaristo, 28, que ocorreram no bairro Fátima.
A sétima vítima é Valdinei Aparecido de Souza, de 41 anos. Ele foi morto a facadas também no Paranaguamirim. Este caso está sendo investigado num terceiro inquérito.
Delegado que investiga o caso diz que vítimas eram usuárias de drogas
Dois dos presos, de 32 e 33 anos, são irmãos e suspeitos de envolvimento nas mortes do Paranaguamirim. O principal alvo da polícia era o rapaz de 32, que já tem passagens por furto e roubo e estava escondido em um sítio, no interior de Jaraguá do Sul. Ele foi encontrado no final da tarde desta segunda-feira. O irmão, que também era investigado, se apresentou à polícia na presença de um advogado horas depois.
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Neste caso, a investigação leva a crer que os crimes foram motivados por uma briga entre os suspeitos e as vítimas, conforme disseram os familiares à reportagem de “A Notícia” na semana passada. A briga teria ocorrido em função de uma primeira discussão ocorrida entre a irmã de uma das vítimas e um dos suspeitos.
Os dois presos negaram envolvimento no crime, mas revelaram que estão jurados de morte. Em princípio, não há provas de que essas mortes tenham sido motivadas por duelo entre facções criminosas, como havia afirmado a cúpula da segurança pública, na Capital.
– As pessoas que participaram desses crimes podem até ter vinculações com facções criminosas, serem usuárias de drogas, estarem envolvidos com a traficância. Mas, propriamente dito que isso tenha sido resultante de uma determinação de facções, isso ainda não está dito nos inquéritos policiais – afirmou o delegado Dirceu Silveira Júnior, que coordena as investigações tocadas pelo delegado Fabiano Silveira.
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A terceira prisão ocorreu na manhã desta terça-feira, na rua Guanabara. Segundo a polícia, o homem tem 35 anos, é morador do bairro, integrante de uma família com histórico de envolvimento com o tráfico de drogas e suspeito de envolvimento nas mortes do Fátima. A motivação deste caso ainda está sendo investigada.
Os mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal são temporários de 30 dias. A polícia ainda aguarda os laudos balísticos que estão sendo realizados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Os nomes dos presos não foram divulgados pela polícia porque os inquéritos ainda não foram concluídos.