O que era para ser uma tranquila manhã de domingo vai ficar para a história como um dos momentos mais violentos já registradas na zona Sul de Joinville.
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Tudo começou com o barulho de motocicletas acelerando e de tiros sendo disparados para todos os lados por volta das cinco horas da manhã, na rua Juarez Garcia da Silva, no bairro Paranaguamirim.
Homem de 41 anos é encontrado morto no Paranaguamirim
Outros três corpos foram encontrados no mesmo bairro
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Ainda era escuro quando ocorreu o primeiro tiroteio. Logo a PM chegou, fez buscas e praticamente toda a vizinhança já estava em pé. Quando o dia clareou, o saldo era de quatro pessoas assassinadas em menos de meia hora de confusão.
Uma discussão entre um motociclista e duas pessoas que andavam pela rua, por volta de cinco horas da manhã, foi o primeiro sinal ouvido por uma das moradoras da rua, que prefere não se identificar por medo de represálias.
Ela jamais imaginou que os gritos se tornariam num banho de sangue. Duas pessoas foram executadas a tiros no meio da rua. Uma terceira foi encontrada morta pela Polícia Militar dentro de uma residência. Também assassinada a tiros.
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A quarta vítima foi encontrada caída a menos de um quilômetro, na rua Kurt Meinert, que dá acesso ao Morro do Amaral.
– Um rapaz gritou vou te matar, e o outro respondeu que matava primeiro e ainda matava as crianças – disse um dos moradores, por telefone. Ele tirou a família de casa e levou para a casa de parentes no começo da manhã e só voltaria à noite.
“Mortes interligadas em guerra de facções”, diz delegado-geral da PC
Uma vizinha do local onde houve uma das mortes, disse que ouviu a discussão, mas não soube identificar se havia uma motocicleta ou um carro. Logo que a discussão foi se distanciando da casa, ela começou a ouvir os primeiros tiros e mais gritos.
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– A gente ficou fechado em casa. Não sabemos de nada, nem conhecemos ninguém. Acho que não eram aqui da rua – disse, sem querer ser identificada por temer represálias.
Na tarde chuvosa deste domingo, o clima era tranquilo na rua, mas não havia qualquer movimentação. A maioria das casas estava fechada. Três amigos conversavam em frente a um portão. Sabiam dos crimes, mas não conheciam nenhuma das vítimas. Na esquina das ruas, um bar era o único estabelecimento aberto, mas sem clientes.
Fotos que circularam nas redes sociais dão a entender que as mortes teriam sido execuções. Há a suspeita de que os assassinatos estejam ligados a uma guerra entre facções, o que foi reforçado também pelo delegado-geral da Polícia Civil em Santa Catarina, Artur Nitz.
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