A Delegacia Geral da Polícia Civil em Santa Catarina afirma que os sete assassinatos em Joinville na madrugada deste domingo podem estar interligados e as primeiras informações indicam que teriam sido motivados por briga de espaço no tráfico de drogas entre facções criminosas rivais.
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A informação é do delegado-geral da Polícia Civil, Artur Nitz, que determinou a ida a Joinville ainda neste domingo de uma equipe de cinco policiais civis, sendo um delegado e quatro investigadores.
Eles são integrantes da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil em Florianópolis.
— Ainda não temos todas as informações, mas a princípio os crimes podem estar relacionados e deixam a transparecer que se trata de uma briga entre facções criminosas — declarou Nitz.
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O delegado-geral foi informado das mortes pela troca de informações da inteligência policial e da Secretaria de Segurança Pública. Em seguida, conversou com o secretário da Segurança Pública, César Grubba.
— Estamos preocupados, mas a par do que aconteceu e a nossa primeira medida foi enviar a equipe para ajudar na investigação. Ainda esta semana devemos criar em Joinville a Delegacia de Homicídios — afirmou o delegado-geral, garantindo já ter o aval do governador Raimundo Colombo e do secretário Grubba para a criação da nova Delegacia.
Os assassinatos foram na madrugada de domingo em bairros distintos como Guanabara, Paranaguamirim,e Jardim Sofia. Nitz afirmou ainda ser cedo para comentar as circunstâncias de cada morte, o que está sendo feito por policiais de Joinville neste momento.
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Fotos que circulam em redes internas de comunicação de policiais indicam que os crimes foram execuções. Uma delas mostra dois homens caídos que provavelmente foram mortos quando estavam ajoelhados de costas perto de uma parede.
PGC x PCC
A guerra de facções rivais a que o delegado-geral se refere envolve o grupo criminoso catarinense Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e braços do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, que vem tentando dominar o controle do tráfico de drogas em Joinville.
Os integrantes do PCC vêm principalmente do Paraná, onde a facção já domina a maior parte dos presídios daquele Estado. Eles buscam eliminar inimigos do PGC para controlar as bocas de fumo. O PCC também tenta ampliar o número de integrantes catarinenses fazendo os batismos de novos criminosos no Estado.
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