Dos sete assassinatos que ocorreram na madrugada de domingo, seis podem estar relacionados em função do modo como eles ocorreram. Adão Pereira da Silva, 37, Ederson Bonette Barbosa, 27, Daniel Alves de Lima, 32, Diogo da Rocha Garbari, 27, Alex Muniz Evaristo, 28, e André Manolo Corrêa, 35, foram executados com tiros na cabeça e na região das costas, em dois bairros da zona Sul de Joinville.
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A morte da sétima vítima, Valdinei Aparecido de Souza, 41, provavelmente não está relacionada com os demais assassinatos. O homem foi morto com cerca de 20 facadas e o carro dele foi encontrado abandonado.
Homem de 41 anos é encontrado morto no Paranaguamirim
Outros três corpos foram encontrados no mesmo bairro
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“Mortes interligadas em guerra de facções”, diz delegado-geral da PC
Em menos de três horas, três homens foram mortos no bairro Paranaguamirim e outros três no bairro Fátima, na zona Sul. Todos com características de execução a tiros.
O Instituto Médico Legal identificou todos os corpos com a ajuda de familiares. Uma das execuções que chamou a atenção dos investigadores foi a primeira ocorrência da madrugada, no Guanabara. Ederson Bonete, de 27 anos, trabalhava em uma oficina de pintura. Ele e o amigo, Adão Pereira da Silva, foram executados de forma impiedosa, ajoelhados.
Investigação
De acordo com o delegado da Divisão de Homicídios de Joinville, Fabiano Silveira, a investigação ainda está no início e não há suspeitos identificados. Todas as hipóteses ainda estão sendo consideradas, porém a principal linha de investigação se concentra na disputa por pontos de tráfico de drogas, já que todas as vítimas foram identificadas como usuárias.
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– Pode ser que tenha (vínculo com o tráfico), sem descartar qualquer outra possibilidade. A área onde eles morreram é dominada por uma facção já conhecida na cidade.
Embora a região onde as mortes ocorreram seja dominada pela facção do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), ainda não há confirmação de que os assassinatos ocorreram em função de guerra entre facções. A polícia enfatiza a importância das denúncias anônimas que podem ser feitas pelo telefone 181. Cerca de 20 policiais da Divisão de Investigação Criminal (DIC) trabalham no caso.
Com as mortes do fim de semana, Joinville chegou a 122 assassinatos neste ano, 18 casos a mais que o ano de 2014.
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Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone: 181
As vítimas
Ederson Bonete, 27 anos
Adão Pereira da Silva, 37 anos
André Manolo Corrêa, 35anos
Alex Muniz Evaristo, 28 anos*
Daniel Alves de Lima, 32 anos
Diogo da Rocha Garbari, 27 anos
Valdinei Aparecido de Souza*
(*) A identidade não é oficial porque as famílias ainda precisam identificar as vítimas.