Pouco mais de um mês após a madrugada marcada por sete assassinatos em Joinville _ em 6 de dezembro de 2015 _, um suspeito continua na cadeia. A Polícia Civil conseguiu que a Justiça prorrogasse a prisão temporária dele por mais 30 dias até concluir a investigação. Três homens chegaram a ser presos uma semana depois dos assassinatos, mas dois foram liberados.
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Presos três suspeitos de envolvimento em mortes de noite sangrenta
O homem de 32 anos que está preso e negou ter sido o autor dos crimes é suspeito de envolvimento nos assassinatos de André Manolo Corrêa, 35 anos; Diogo da Rocha Garbari, 27; e Daniel Alves de Lima, 32. Os três homicídios ocorreram no bairro Paranaguamirim.
André foi morto dentro de casa enquanto dormia com a esposa. Os outros dois foram mortos na rua. Uma das hipóteses levantadas pela investigação é de que as três mortes tenham sido provocadas por uma briga. A confusão teria iniciado porque o suspeito supostamente agrediu a esposa.
Suspeitos mataram André Manolo e atearam fogo na casa dele, no Paranaguamirim
A mãe de uma das vítimas confirmou a versão para a reportagem de “A Notícia” em dezembro. Ela disse que o genro teria agredido a filha dela e que o filho _ assassinado horas depois _ teria partido em defesa da irmã.
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_ Ele (genro) ligou para o meu marido e ameaçou matar meu filho. Ele disse: ‘Dessa noite, ele não passa’ _ contou a mãe.
Construção onde ocorreram execuções do bairro Fátima
As outras três execuções ocorreram no bairro Fátima. Adão Pereira da Silva, 37; Ederson Bonette Barbosa, 27; e Alex Muniz Evaristo, 28, foram assassinados de joelhos e pelas costas. A execução ocorreu numa construção na rua Guanabara. Uma das vítimas chegou a correr, mas caiu morta na rua. Neste caso, a suspeita é de envolvimento com o tráfico de drogas.
Na época das mortes, a cúpula da Segurança Pública chegou a cogitar que as execuções teriam decorrido de disputa entre facções rivais. Mas a versão não chegou a ser confirmada pela investigação. O delegado que assumiu o caso, Fabiano Silveira, determinou 60 dias de prazo para concluir o inquérito.
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A polícia não descarta a possibilidade de haver relação entre as mortes do Paranaguamirim e do Fátima, mas a conclusão depende dos laudos balísticos e de outros exames periciais que ainda não ficaram prontos. Mais detalhes não foram revelados porque a investigação é sigilosa.
_ Se os laudos confirmarem que há relação entre os dois casos (Paranaguamirim e Fátima), ele (preso) é o principal suspeito das seis mortes.
A expectativa de Silveira é de concluir a investigação em fevereiro, mas pode solicitar mais prazo caso entenda necessário.
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A sétima vítima da noite sangrenta é Valdinei Aparecido de Souza, de 41 anos. Ele foi morto a facadas no Paranaguamirim. Este caso não foi relacionado aos demais e está sendo investigado num inquérito separado.