A liminar que impedia o licenciamento e a liberação para construção de imóveis em Itajaí foi revogada na semana passada pelo juiz Carlos Roberto da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Itajaí. A decisão foi publicada no site do Tribunal de Justiça Santa Catarina, mas as partes do processo (prefeitura, Câmara de Vereadores e os autores da ação) ainda não receberam o documento.
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A revogação da liminar permite que os processos que estavam parados na Secretaria de Urbanismo sejam retomados a partir do momento que a prefeitura for notificada. Cabe recurso da decisão.
– Assim que tivermos a autorização, vamos fazer um mutirão e liberar tudo o que está parado. Se chegar hoje (segunda-feira), acredito que até sexta-feira consigamos colocar tudo em dia – disse o secretário de Urbanismo, Paulo Praun.
Segundo ele, pelo menos 500 consultas estariam paradas desde que a liminar foi concedida, em janeiro.
– Este atraso é um prejuízo tanto para grandes empreendimentos como para quem quer construir uma casa pequena – analisou o secretário.
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Entre as alegações da prefeitura, está a de que a Lei de Zoneamento, aprovada nas sessões de 21 e 31 de dezembro de 2012, foi amplamente discutida em audiências públicas, com a apresentação de vídeos que mostram estes encontros. Na decisão, o juiz Carlos Roberto da Silva, o mesmo que concedeu a liminar em janeiro, cita estas provas.
“Os contestantes trouxeram documentadas todas as audiências públicas, alertaram sobre a participação do Ministério Público, de que houve publicidade e de que houve participação de pessoas capacitadas na área técnica (…) ocorrendo, inclusive, audiência pública na área defendida pelos autores – Praia Brava – revelando-se, assim, desprovida de fundamentos a alegada inexistência de participação popular”, diz o texto da decisão.
No início de março, a desembargadora substituta Cláudia Lambert de Faria havia negado o pedido de reconsideração da suspensão das sessões realizadas no fim do ano passado. Desta vez, o juiz julgou improcedentes os pedidos da vereadora Anna Carolina Martins e do ex-vereador Níkolas Reis.
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