O meia Rivelino já tinha 32 anos quando pisou em Joinville em 1978. Não era mais o garoto que brilhou juntamente com a Seleção Brasileira na Copa de 1970, mas ainda era capaz de impor respeito aos adversários. Ele chegou para disputar um amistoso contra o praticamente recém-nascido JEC, e encantou a multidão que esteve presente naquela tarde de domingo no Ernestão.

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– Era uma tarde escaldante de verão. Os bombeiros lançavam água para refrescar a torcida que lotava o Ernestão para o amistoso em comemoração ao segundo aniversário do JEC – conta o pesquisador Anderson Miranda, um torcedor apaixonado pela história do clube.

Não é um exagero pensar que Rivelino foi um dos maiores jogadores da história a atuar em Joinville. E o camisa 10 do Fluminense não desapontou a multidão que se reuniu para ver ele desfilar a sua arte.

Como “AN” destacou à época, Rivelino deu “regência inteligente” a todas as ações ofensivas do Tricolor carioca no primeiro tempo. Aos 21, a defesa do Joinville afastou mal e Rivelino chutou de longe, pegando Raul Bosse no contrapé: 1 a 0 para o Fluminense.

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– Ele era dono de um dos mais fortes chutes de perna esquerda. Acertou um belo chute da intermediária, de canhota, que foi no ângulo de Raul Bosse, sem chance para o nosso goleiro – recorda Anderson.

A vantagem poderia ter ficado maior se Gilson não tivesse desperdiçado a oportunidade criada pelo camisa 10 no minuto seguinte.

Alegando cansaço, Rivelino não voltou para o segundo tempo. Com este problema a menos para se preocupar, o JEC finalmente conseguiu jogar. Aos 22, em uma jogada de Britinho, Linha apareceu dentro da área para dar números iguais ao confronto.

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Em junho de 1978 , o JEC voltou a enfrentar o Flu. Desta vez, o jogo foi no Maracanã e terminou em 1 a 1. Nada mal para um time de apenas dois anos.

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