O último jogo do Joinville na Série A não sai da memória do narrador esportivo Cesar Junior. A despedida do JEC da elite do futebol nacional foi justamente contra o atual bicampeão brasileiro, o Cruzeiro. Naquele dia 5 de fevereiro de 1987, o Tricolor deixou um Mineirão lotado por mais de 50 mil pessoas aflito.
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Depois do empate por 1 a 1 no jogo de ida no Ernestão, o Tricolor precisava de apenas uma vitória em Belo Horizonte para avançar às quartas de final. Era difícil, mas não era impossível.
O Cruzeiro largou na frente com um gol de Hamilton, aos 19 minutos, que foi bastante contestado pelo Tricolor, que alegava impedimento. O tempo foi passando e a partida que parecia decidida tomou ares de drama para o time da casa aos 32 do segundo tempo. Toninho Cajuru cruzou na medida para Paulo Egídio deixar tudo igual. A partir disso, o JEC jogava apenas por uma bola, por um gol.
– Este jogo não me sai da memória. O JEC começou perdendo, mas, aos poucos, os comandados de Edu Antunes tomaram conta do jogo. Mesmo mantendo o equilíbrio na transmissão, vibrei quando Paulo Egídio empatou para o Tricolor. O empate não bastava, o JEC buscou a vitória até o fim e merecia ter vencido – lembra Cesar Junior.
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Aqueles minutos finais de partida custaram a passar para a torcida celeste e voaram como segundos para os tricolores.
– O apito final de Dulcídio Boschilia foi um alívio para a torcida e o time do Cruzeiro. Barbirotto, Alfinete, Adilson, Nardela, Maringá, Geraldo e Paulo Egídio deixaram, por alguns instantes, o Mineirão em silêncio – recorda.
De acordo com Cesar Junior, o público pagante de 53.203 pessoas no Mineirão é, até hoje, o maior público em uma partida do Joinville.
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Confira a matéria anterior sobre os jogos históricos do Joinville.
>> Nardela relembra do grande jogo entre JEC e São Paulo no Ernestão