Gilmar Rinaldi no gol, Nelsinho Baptista na lateral-esquerda, Careca, Silas e Müller no ataque. Não, esta não é parte da escalação da Seleção Brasileira para um amistoso na década de 1980. São apenas alguns dos jogadores do São Paulo que foram dominados pelo Joinville em uma tarde de domingo com o Ernestão lotado.

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Quem viu este jogo não esquece, garante Nardela, o principal nome do JEC naquela época. Em um caso raro no esporte, ninguém deixou o estádio frustrado naquela tarde por não ter visto a rede balançar. O empate por 0 a 0 foi um jogaço épico.

– É só ver a escalação daquele time do São Paulo. Eram vários jogadores da Seleção Brasileira. O time todo tinha qualidade: na defesa, no meio e no ataque. Era uma máquina de jogar futebol. E jogamos de igual para igual, até dominando eles em certos momentos. A gente tinha um time bom, mas eles tinham só craques – recorda o ex-camisa 8.

Quando a bola rolou, o JEC jogou por música. Foi na base do grito da torcida que o Tricolor foi para cima e tomou conta da partida. As chances foram várias. Até bola na trave o Tricolor catarinense acertou. Mas a rede teimava em não balançar.

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O São Paulo não era um time qualquer. O tempo tratou de provar isso, já que poucos meses depois a equipe paulista se sagraria campeã daquele Campeonato Brasileiro, que só terminou em 1987. E quando não era o JEC que estava no ataque, a máquina comandada por Pepe chegava com perigo.

– Os goleiros foram bem. O Barbirotto estava inspirado e o Gilmar Rinaldi fez milagres. Foi uma das melhores partidas que joguei no JEC. Não só pela minha atuação, mas porque o outro time também estava muito bem. O jogo terminou em 0 a 0, mas podia ter sido 3 a 3 ou 4 a 4 – afirma.

Dois meses depois, o JEC enfrentou o São Paulo no Morumbi e perdeu por 5 a 0.