O coronel da Polícia Militar de Santa Catarina, Édson Rui da Silva Castilho, foi preso preventivamente nesta sexta-feira à pedido da Justiça de Itajaí. O coronel é um dos denunciados pelo Ministério Público na Operação Parada Obrigatória 2, que investiga crimes no órgão de trânsito do município e corrupção no órgão de leilões do Estado. A juíza Sônia Moroso Terres, da 1ª Vara Criminal, disse que determinou a prisão em decorrência da operação e porque o coronel estaria ameaçando testemunhas.
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Castilho foi preso pouco depois das 17h desta sexta-feira, em Florianópolis, assim que a corregedoria da Polícia Militar recebeu o comunicado. De acordo com o chefe da comunicação social do comando da PM na Capital, tenente-coronel Sérgio Luís Sell, Castilho foi chamado a se apresentar no quartel do comando geral, onde foi preso. Ele permanecerá no quartel à disposição da Justiça. O coronel estava na reserva remunerada da PM.
– Como o processo que ele responde está em segredo de Justiça, a PM já solicitou que pudesse ter acesso aos autos para verificar se será aberto um procedimento administrativo. Por enquanto a Justiça não se pronunciou e outra providência só será adotada quando isso ocorrer – explica.
Presidente da Comissão de Leilões de junho de 2013 a julho de 2015, Castilho foi um dos alvos da Operação Parada Obrigatória 2, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Itajaí, e integra a lista de sete pessoas, entre servidores públicos, empresários e particulares, indiciados por crimes como peculato, concussão, advocacia administrativa e receptação.
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O coronel foi exonerado do cargo pelo secretário da Segurança Pública César Grubba assim que a operação foi deflagrada em julho. Castilho foi indiciado por corrupção passiva (dez vezes), por solicitar e receber vantagens indevidas em razão da função que ocupava. Ele aparece em interceptações telefônicas por supostamente ter recebido vantagens de empresários donos de empresas concessionárias do serviço de remoção e guarda de veículos apreendidos.
Contraponto
A reportagem tentou contato com o advogado de Castilho, Nilton Macedo, mas seu telefone estava desligado.
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