A prefeitura de Itajaí decidiu exonerar nesta quarta-feira as duas servidoras públicas denunciadas pelo Ministério Público por envolvimento nos crimes investigados pela Operação Parada Obrigatória. O secretário de Administração, Onézio Gonçalves Filho, informou que a decisão foi tomada pelo prefeito Jandir Bellini logo que teve ciência da denúncia do MP, divulgada com exclusividade pelo O Sol Diário.
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Gonçalves explica que a portaria de exoneração das funcionárias já está pronta para publicação. Daiane Aline Soares de Oliveira e Márcia Aparecida da Silva possuem cargos comissionados na prefeitura: na procuradoria e na secretaria de Urbanismo, respectivamente. De acordo com a denúncia do MP, as duas teriam sido cúmplices do vereador José Alvercino Ferreira (PP) em crimes relacionados a infrações de trânsito, no caso de Aline, e na concessão de alvarás, no caso de Márcia.
– Vamos chamá-las para conversar e depois serão exoneradas. O prefeito autorizou logo que viu a denúncia pela manhã – explica.
O secretário de administração disse ainda que as servidoras atuavam há bastante tempo na prefeitura – Aline, inclusive, teria trabalhado no governo de Volnei Morastoni (PT).
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Sindicância
A sindicância para apurar o suposto esquema de corrupção envolvendo a Codetran, o pátio de veículos do município e o setor de alvarás do Executivo já foi instaurada pela procuradoria do município. Conforme o secretário de Administração, o processo administrativo irá investigar ainda a responsabilidade do consultor técnico do órgão de trânsito, Willian Gervasi. Nesta quarta-feira, a juíza Sônia Moroso Terres, da 1ª Vara Criminal de Itajaí, determinou que ele seja suspenso da função pública até a sentença.
– O Willian foi afastado por 15 dias por recomendação médica. Ontem (terça-feira) venceu o prazo e o médico deu outros 90 dias, porém a perícia da prefeitura só autorizou 30. Como ainda não existe julgamento e ele é servidor efetivo é necessário abrir um processo administrativo para apurar os supostos crimes, só depois se fazer os trâmites – comenta.
Contrapontos:
A reportagem tentou contato com Daiane Aline Soares de Oliveira, porém ela desligou o telefone.
Márcia Aparecida da Silva não atendeu as ligações da reportagem, nem retornou os recados.
O advogado de Willian Gervasi, Marcos José Campos Cattani, disse que ainda não teve acesso à denúncia oferecida pelo MP-SC e que não se pronunciaria sobre o caso.
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