Justiça aceita denúncia contra dois empresários em Itajaí

A juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres, responsável pela 1ª Vara Criminal em Itajaí, aceitou nesta quarta-feira a denúncia contra dois dos nove nomes apontados pelo Ministério Público de Santa Catarina por envolvimento nos crimes investigados durante a Operação Parada Obrigatória. Os empresários Rudimar Dickel Correa e Jefferson Alvercino Ferreira, filho do vereador licenciado Zé Ferreira (PP), tiveram a denúncia acatada.

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Cinco dos entes públicos que foram nominados na denúncia terão prazo de 15 dias para apresentarem defesa antes de a magistrada se manifestar sobre a aceitação das acusações contra eles, em respeito às leis que regem os serviço público. É o caso de Zé Ferreira, Willian Gervasi (consultor da Codetran), Edson Rui Castilho (policial militar e ex-chefe do setor de leilões no Estado), Nelson Abrão de Souza (servidor municipal, ex-secretário de Administração) e do empresário Julio Cesar Fernandes, que, por prestar serviço ao poder público, foi enquadrado nos mesmos termos legais.

Já as servidoras Márcia Aparecida da Silva e Daiane Aline Soares de Oliveira terão o benefício de pleitear transação penal – uma pena alternativa – antes de a juíza se pronunciar sobre a denúncia. As duas teriam, de acordo com o Ministério Público, exercido advocacia administrativa supostamente auxiliando Zé Ferreira na obtenção de alvarás para terceiros ou na anulação de infrações de trânsito.

Informação

A juíza determinou que a Câmara de Vereadores de Itajaí e o prefeito Jandir Bellini (PP) sejam oficialmente informados sobre os servidores denunciados e tomem as providências cabíveis. Também ordenou envio de ofício ao Detran para informar sobre a suposta “ajuda” oferecida por Zé Ferreira a um candidato na prova de habilitação para dirigir, que aparece nas investigações, e solicitou à Delegacia Regional que informe que providências foram tomadas em relação ao sumiço de 715 motocicletas do pátio.

Contrapontos:

Jefferson Alvercino Ferreira

O advogado Denísio Dolásio Baixo disse que em nenhum momento foi comprovada a autoria do crime por parte de Jefferson. Baixo afirma que seu cliente nega ter retirado peças do pátio e que a partir desta quinta-feira vai começar a fazer sua defesa técnica para comprovar a inocência.

Rudimar Dickel Correa

O advogado Gelson José Rodrigues disse que seu cliente apenas repassou o telefone de Zé ao organizador do Festival de Food Trucks, dizendo que ele poderia intermediar a agilização dos alvarás para a realização do evento. O advogado nega ainda que tenha havido pagamento de propina ao vereador.