Barco capota durante a Regata Jacques Vabre e outros dois desistem da travessia

Os dois primeiros dias da Regata Transat Jacques Vabre registraram desistências, quebras de barco e até capotagem do Maxi80 Prince de Bretagne. Desde a largada em Le Havre, no domingo, três barcos saíram oficialmente da disputa. A classe mais afetada foi a IMOCA com os abandonos de Maître CoQ e Edmond de Rothschild, além do Safran, que está a caminho do porto de Brest para fazer reparos e pode confirmar sua retirada. O barco Team Concise, da Class40, terá de parar na Irlanda antes de voltar à regata entre a França e o Brasil.

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Os veleiros já enfrentam as duras condições do Golfo de Biscaia, que fica entre o Nordeste da França e o Norte da Espanha. Foi nesse trecho de ondas gigantes e ventos fortes que o Maxi80 Prince de Bretagne, um multicasco de 50 pés, capotou. A dupla francesa Lionel Lemonchois e Roland Jordain foi resgatada de helicóptero do trimarã nesta terça-feira. Os dois passam bem. O incidente ocorreu nas proximidades de La Corunha, na Espanha, com rajadas de 30 nós de vento.

O especialista em vela, Dominic Bourgeois, fala sobre o que acontece quando um veleiro capota. Confira o depoimento no vídeo:

Na noite de segunda-feira, o barco Edmond de Rothschild também deixou a Regata Jacques Vabre. O veleiro da classe IMOCA, comandado por Sébastien Josse e Charles Caudrelier, teve pequenos problemas e a tripulação preferiu desistir da travessia para poupar equipamento.

– As condições meteorológicas anunciadas para as próximas 48 horas poderiam nos prejudicar. Mais de 40 nós de vento e um mar violento com ondas de mais de sete metros são esperados. Consideramos que seria irresponsável levar o barco nestas condições – disse Sébastien Josse.

O outro abandono foi do Maître CoQ, comandando por Jérémie Beyou e Philippe Legros. O IMOCA foi obrigado a fazer uma parada estratégica em Roscoff, na região francesa da Bretanha, ainda na noite de domingo, com um problema no cabo que prende o mastro da proa. A peça não foi reparada a tempo e a dupla desistiu.

O Safran, que também corre na categoria IMOCA, está a caminho do porto de Brest, na França, para consertar o barco. O veleiro de Morgan Lagravière e Nicolas Lunven corre o risco de deixar a prova. Caso a previsão se confirme, o Safran será o quarto a desistir.

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Outros 38 barcos permanecem na disputa da Transat Jacques Vabre, que fará um percurso de 10 mil quilômetros até Itajaí. Os primeiros veleiros são esperados a partir do dia 4 de novembro. A Vila da Regata na cidade abrirá dia 3.