A satisfação por levar mais uma edição da regata Jacques Vabre para Itajaí era clara entre integrantes da comitiva catarinense que acompanhou o anúncio oficial neste sábado durante o Salão Náutico de Paris. Mas esse sentimento estava tão ou mais evidente também entre as autoridades francesas responsáveis pela organização da disputa.
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O diretor da regata Jacques Vabre, Gildas Gautier, não economizou elogios e foi bastante direto ao justificar a escolha:
– Estamos voltando para Itajaí porque é em Itajaí que é um sucesso, não tivemos em nenhuma outra edição tanto público, tanta gente como tivemos lá.
O prefeito de Le Havre, cidade sede e largada da competição que completará 22 anos em 2015, Edouard Philippe, mencionou ainda a importância técnica de Itajaí para a disputa, ao destacar que a grande distância (a maior da história) garante uma travessia de alto nível, um desafio. A opinião é compartilhada pelo diretor de Corrida da regata, Manfred Ramspacher:
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– A chegada a Itajaí mantém a emoção até o final, em função das dificuldades técnicas impostas pela descida do litoral.
O prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, que chegou à França já com a certeza de que a cidade seria a escolhida, agora volta para a casa com a missão de garantir uma execução perfeita do evento. A Jacques Vabre, que surgiu após o sucesso da etapa local da Volvo Ocean Race e agora retorna em função do novo êxito, impõe ao município também maior responsabilidade.
– Nas primeiras edições, tanto da Volvo quanto da Jacques Vabre, poderiam haver erros que seriam perdoáveis, mas agora temos que fazer da melhor forma possível. E a cidade precisa estar envolvida porque eventos dessa natureza garantem visibilidade e resultado econômico – avaliou o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini.
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Com um pedaço da regata francesa chegando ao município, Itapema vai se preparar para começar a trilhar um caminho no cenário náutico internacional. O prefeito Rodrigo Costa, que também acompanhou o anúncio em Paris, acredita que oportunidade garante retorno para a região:
– Essa regata comemorativa entre Itajaí e Itapema é de grande valia principalmente do ponto de vista turístico e econômico, além da visibilidade internacional que o município conquista.
O futuro de Itajaí na Jacques Vabre
Diante da soma de elogios a Itajaí, naturalmente veio à tona o questionamento quanto à possibilidade da cidade se tornar o ponto de chegada permanente da competição. Enquanto o prefeito de Le Havre preferiu fazer mistério, o presidente da associação Jacques Vabre descartou essa possibilidade, mas em tom bem-humorado deu a entender que a parceria será duradoura.
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— A regata ficou três anos em Cartagena (Colombia), três em Salvador (BA), dois na Costa Rica e deve ficar uns 10 em Itajaí – disse Gildas Gautier.
* A jornalista viajou a convite do comitê organizador da regata integrado à Amfri