As primeiras 48 horas de travessia dos 10 mil quilômetros da Regata Jacques Vabre foi marcada pelas péssimas condições de navegação. Depois da saída de Le Havre com pouco vento e lentidão, o desafio das 42 duplas competidoras desde a noite de domingo é lidar com os ventos de até 100 km/h e ondas de até 8 metros de altura na região do Golfo de Biscaia, entre França e Espanha, e considerada a parte mais difícil de toda a jornada até Itajaí.

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Os barcos da classe Ultime – a mais rápida entre as quatro categorias – aceleram dentro do olho do furacão. Um pequeno ciclone passa pelo Noroeste da França nesta semana e será decisivo para a regata. A equipe Sodebo lidera o grupo, seguida pela Macif. Ambas navegam em uma velocidade média de 46 km/h.

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Na Multi50, o Ciela Vilage tem vantagem pequena para os quatro adversários. Na atualização das 11h de ontem, a diferença era menor do que 35 quilômetros.

Na classe Imoca ainda não há favoritos. Com 20 times na disputa, a liderança provisória é da equipe Hugo Boss. Competindo na mesma classe, o Maître CoQ, comandado por Jérémie Beyou e Philippe Legros, foi o primeiro barco da competição a fazer uma parada estratégica em Roscoff, no região francesa da Bretanha. O veleiro de 60 pés apresentou problemas no cabo que prende o mastro da proa.

O barco francês estava na quarta posição depois de 10 horas de regata e de acordo com a previsão da meteorologia, deve pegar tempo ruim após retornar à prova. O objetivo do Maître CoQ agora é recuperar as posições perdidas, já que o veleiro caiu para as últimas posições entre os 20 barcos da categoria.

Brasileiros se pouparam nas primeiras horas de prova

Os brasileiros Renato Araújo e Eduardo Penido, do barco Zetra, estão em 10º lugar na classe Class40, que conta com 13 duplas competidoras. A dupla diz que começou a regata poupando a embarcação.

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– Não vamos levar o barco ao limite por enquanto. Estamos fazendo tudo com consciência. A gente sabe que o barco pode andar mais e a gente também. Mas não no primeiro dia! Vamos com calma, pois tem muita água pela frente. O Zetra é um barco muito estável mesmo com as condições de ventos e mar ruins – afirma Araújo.