Depois de manter fechada a entrada do complexo portuário do Itajaí-Açu nesta terça-feira, embarcações de pescadores tentaram impedir a travessia do ferry boat durante a manhã. A delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí enviou duas lanchas para liberar o canal e manter as balsas operando.
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O capitão de fragata responsável pela delegacia, José Sávio Feres Rodrigues, informou que a Polícia Militar também acompanhou as embarcações da Capitania para evitar que os pescadores trancassem o canal. Segundo ele, os manifestantes tentaram impedir a travessia e uma das balsas precisou travar para evitar uma colisão.
Conforme Rodrigues, os barcos envolvidos serão notificados por interromper o tráfego aquaviário. A multa nestes casos varia de R$ 40,00 a R$ 1.600,00.
Nesta terça-feira, um navio que atracaria no terminal da Portonave também foi impedido de entrar no complexo portuário por conta do protesto do setor pesqueiro. No total, são três navios e um transatlântico que não conseguiram entrar ou sair do porto.
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Reunião
O Sindicato dos Armadores e Indústria da Pesca (Sindipi) e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Pesca (Sitrapesca) se reuniram por volta das 8h30 desta terça-feira para analisar as promessas do ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho.
O presidente do Sindipi, Giovani Monteiro, explicou que os pescadores não aprovaram o documento enviado pelo ministro e aguardam um novo posicionaciomento de Brasília. A reunião ainda não encerrou até às 10h desta terça.
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– No documento dizia que ele iria ouvir o setor e os pescadores não aceitaram isso. Queremos participar do grupo de trabalho que será montado para discutir a lista com o Ministério do Meio Ambiente – comenta.
Na noite de segunda-feira, uma liminar da Justiça foi concedida determinando a desobstrução imediata do canal de acesso do porto, que foi descumprida pelos pescadores. A pena prevista é multa diária de R$ 50 mil aos sindicatos envolvidos.
Os pescadores reivindicam que a lista oficial de espécies ameaçadas de extinção publicada pela portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente seja revogada.
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