O setor pesqueiro de Itajaí fechou na manhã desta segunda-feira a entrada para o complexo portuário do Itajaí-Açu. O protesto pede a revogação da portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente, que impede a pesca de mais de 90 espécies consideradas ameaçadas de extinção. Mais de 30 barcos estão envolvidos na manifestação, que não tem horário para terminar.

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O protesto é organizado pelo Sindicato dos Armadores e Indústria da Pesca (Sindipi) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Pesca (Sitrapesca). De acordo com o presidente do Sindipi, Giovani Monteiro, a portaria passaria por cima da legislação, que prevê que este tipo de listagem precisa ser feita em conjunto com o Ministério da Pesca.

– O Ministério da Pesca disse que entraria com uma ação contra a listagem. O prejuízo para o setor é enorme, porque ameaça o emprego de mais de 60 mil pessoas direta e indiretamente na região – explica.

O presidente do Sitrapesca, Manoel Xavier de Maria, afirma que a listagem prejudica principalmente quatro modalidades de pesca: espinhel de fundo, captura de arrasto, cerco e emalhe.

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– Eles não fazem nenhum tipo de estudo ou pesquisa para fazer essa lista. Isso dificulta a nossa vida – disse.

Em função do protesto, dois navios foram barrados nesta segunda-feira, um não pôde sair e outro não pôde entrar no terminal da Teporti. O capitão de fragata da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí, José Sávio Feres Rodrigues, informou que os barcos que estão parados no canal serão multados, conforme a lei de segurança de tráfego aquaviário. A multa varia entre R$ 80,00 e R$ 1.600,00 por dia.