A intenção de transformar a região do Morro do Baú em um parque municipal existe desde 2012. O espaço, que pertence ao Herbário Barbosa Rodrigues, organização não-governamental (ONG) de Itajaí, já foi utilizado como centro de pesquisa, mas está abandonado desde 2008, quando as trilhas principais foram atingidas por deslizamentos de terra.
Continua depois da publicidade
::: Previsão para reabrir Parque Botânico do Morro do Baú é de dois anos
Em 2014 o secretário de Turismo de Ilhota, Altamiro dos Santos, revelou que já havia uma verba garantida de aproximadamente R$ 1 milhão para a implantação do parque, resultado de um acordo firmado entre o município e a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para que Ilhota recebesse a compensação ambiental do Estaleiro P2, que se instalou em Itajaí. Bastava que a prefeitura determinasse a criação do parque para iniciar a execução dos projetos.
::: Pesquisadores flagram corte ilegal de palmito no Morro do Baú, em Ilhota
Continua depois da publicidade
Na ocasião o prefeito Daniel Bosi (PSD) tentou criar o parque através de um decreto-lei, que segundo Santos não foi aceito pela Fatma, que exigiu um projeto de lei.
– Nós fizemos o projeto e encaminhamos no começo do ano para a Câmara de Vereadores, mas continua parado lá. Eles estão dizendo que tem diferença entre o tamanho das terras e a metragem do projeto. Acontece que a prefeitura vai comprar apenas o que tem escritura, que são 546 hectares. Mas o maior problema é que isso é uma questão política, não tem diálogo (entre a Câmara e a prefeitura) – alega o secretário.
Com isso, a verba que estava garantida foi perdida. Recursos de compensações ambientais Santos ressalta, porém, que há pelo menos R$ 2,8 milhões para serem investidos no projeto, de duas compensações ambientais: R$ 250 mil da duplicação da BR-470 e R$ 2,6 milhões da instalação da fábrica da BMW em Araquari.
Continua depois da publicidade