A única coisa que remete a um passeio na chegada ao Parque Botânico do Morro do Baú, em Ilhota, é o som da cachoeira. No restante da área o cenário é de abandono. O gramado antes usado como área de camping está tomado por mato, lama e banhado.
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As churrasqueiras estão destruídas. No outro lado da via, bem em frente, ainda é possível ver a logomarca do Herbário Barbosa Rodrigues pintada na casa que funcionava como sede e recepção aos visitantes. As paredes estão pichadas, há portas e janelas quebradas e a vegetação invade a construção e ultrapassa buracos no telhado.
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Fechada desde 2008, com pontos de deslizamento de terra e interditada pela Defesa Civil, a área que passará a se chamar Parque Natural Municipal do Morro do Baú voltará a receber visitantes, mas não em breve. A previsão do secretário de Turismo do município, Altamir dos Santos, é de que a reabertura ocorra em dois anos.
Em julho a prefeitura e a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) firmaram em Florianópolis um convênio que repassa recursos do Estado ao município com o objetivo de implantar o parque. A prefeitura tem até outubro para encaminhar à fundação o projeto para a área. Neste mesmo período o prefeito Daniel Christian Bosi tem de publicar o decreto que cria o parque.
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O casal de aposentados Rodolfo Angelo Schmidt, 70 anos, e Rosa Amancio, 66, mora na região há cinco anos, mas Schmidt conta que foi criado no Baú e viu de perto as mudanças no local. Os dois acreditam que a reabertura do parque vai melhorar a vida de quem habita a região, mas considera a prazo muito extenso.
– Vai ser bom se reabrirem, mas dois anos é muito. Se o Estado vai ajudar, acho que podia ser mais rápido. Torcemos pra isso – avalia Rosa.
O marido cita a falta de segurança desde que o parque foi fechado:
– A polícia passa pouco e muita gente circula por aqui. Roubam palmito e usam droga. Antes era bem familiar. Agora é rota dos bandidos em direção à BR-101.