Pesquisadores flagraram o corte ilegal de exemplares de Palmeira Juçara na área em que se pretende instalar o Parque Natural Municipal do Morro do Baú, em Ilhota. Eles trabalhavam no local no fim de setembro quando se depararam com homens que utilizavam facões para cortar os pés.
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::: Previsão da prefeitura de Ilhota para reabrir Parque Botânico do Morro do Baú é de dois anos
A espécie está em extinção e a retirada é proibida. Apenas a Palmeira Real pode ser cultivada em larga escala para consumo.
A ação foi denunciada ao Ministério Público de Gaspar, comarca responsável pela região de Ilhota, pela Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena).
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Um dos pesquisadores, que preferiu não se identificar, conta que a retirada do produto da região é cada vez mais comum e que os “ladrões de palmito” aparentemente não se preocupam em se esconder. Ele diz que chegou a fazer um boletim de ocorrência na polícia ambiental, mas que a solução do problema está distante. Além da preocupação com a manutenção da mata nativa e das espécies ameaçadas, ele afirma que também há riscos para moradores da região:
– Começa com o palmito, depois assaltam as casas, vêm usar drogas, é um risco para todo mundo que vive ali. Sabemos que tem gente que vem de longe pra pegar palmito aqui dentro.
O conselheiro da Acaprena Leocarlos Sieves acredita que para evitar a exploração ilegal no local é preciso implantar imediatamente uma infraestrutura de acesso e fiscalização, já que as denúncias de exploração ilegal são frequentes.
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– Virou terra de ninguém. Esta Palmeira Juçara é muito importante dentro do bioma da floresta porque serve de alimento para os animais e pássaros. E quando o ladrão corta sem o manejo sustentável, ele corta tudo. São árvores com 20, 30 anos que estão sendo destruídas.