Um relatório parcial divulgado na última terça-feira pela Secretaria de Estado da Segurança Pública aponta que 170 pessoas foram presas em Joinville desde o início da Operação Ostensividade, que busca diminuir o número de crimes na cidade. Deste número, 16 pessoas estão diretamente ligadas a facções criminosas, a maioria identificada como lideranças e autores de homicídios, de acordo com a Secretaria.

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César Augusto Grubba, de Estado da Segurança Pública, declarou que a atuação conjunta das polícias em Joinville não tem prazo para terminar.

– Vamos manter os efetivos enquanto houver necessidade. Não temos prazo para concluir esta mobilização.

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Os 170 suspeitos foram presos em 140 procedimentos policiais em 18 dias. Desses, 95 foram autos de prisão em flagrante. Também foram cumpridos 28 mandados de prisão. Antes do início da força-tarefa da polícia, Joinville havia registrado 23 homicídios, que contabiliza uma taxa de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Depois do dia 19 de fevereiro, a cidade teve quatro assassinatos. O 27º homicídio ocorreu na noite da última terça-feira, na zona Leste de Joinville.

Na manhã desta quarta-feira, em entrevista para rádio CBN Diário, o delegado Laurito Akira Sato falou que o resultado da integração entre policiamento ostensivo e serviço de investigação é considerado positivo.

– É o que foi planejado, com integração das políticas estaduais junto ao Gaeco e inteligência da Segurança Pública, até mesmo em nível nacional. As ações acabaram formatando essa integração para atuar em todas as frentes. É uma soma de esforços.

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As prisões efetuadas por porte de arma e tráfico de drogas visam reduzir a estatística de mortes, pois, segundo Akira, casos de homicídio têm ligação com disputa envolvendo o tráfico. Questionado sobre as 27 mortes até terça-feira, Akira reforçou a importância de algumas prisões recentes.

– A prisão do Killer e do Samurai, por exemplo, são importantes, e acreditamos que dentro de alguns meses trarão resultados com redução nas mortes. Eles são líderes criminosos que já tinham mandados de prisão, a maioria por homicídios, mas eles não foram presos só por esses mandados, e sim por novos crimes que eles praticaram.