Novos testes confirmaram a presença de toxina diarreica (DSP) nos moluscos e água das áreas de maricultura de Porto Belo, no Litoral Norte catarinense, e em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis. A interdição para consumo, retirada e comercialização de ostras, mexilhões, vieiras, berbigões e mariscos dos dois municípios continua vigente.
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Estão interditados os seguintes locais:
Em Porto Belo
Perequê
Ilha João Cunha
Araça
Em Governador Celso Ramos
Ganchos de Fora
Canto dos Ganchos
Calheiros
Os testes são realizados pelo Laboratório Laqua-Itajaí, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) a partir de amostras recolhidas periodicamente pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). As demais áreas de cultivo do litoral catarinense seguem liberadas. As inspeções preventivas continuam mesmo após comprovada a desintoxicação. Os locais interditados só serão liberados após dois testes seguidos apontarem ausência da toxina.
Foto: Marco Favero, Agência RBS
Toxina diarreica (DSP)
A toxina diarreica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores.
A presença de Dinophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008. Uma das explicações para o fenômeno são as condições ambientais favoráveis para a proliferação dessas algas: maior incidência solar, pouca agitação marinha e baixa salinidade da água do mar.
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Sintomas
Os sintomas causados pela DSP são náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias.