Análise da perícia aponta que a munição usada no ataque contra a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) era de uma pistola 9 mm. Os lotes foram vendidos para a Polícia Federal (PF) de Brasília, em 2006.

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De acordo com o portal G1, as Polícias Civil e Federal vão realizar um trabalho conjunto de rastreamento. A perícia também identificou que o lote de munição UZZ-18 é original, ou seja, nunca foi recarregada. Treze disparos atingiram o veículo, sendo nove na lataria e quatro no vidro.

A participação de um segundo carro no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes também é alvo de investigação. De acordo com a polícia, esse veículo passou a seguir o carro de Marielle junto com um Cobalt com placa de Nova Iguaçu. Os investigadores não informaram o modelo do veículo e nem divulgaram as imagens.

Segundo os investigadores, o Cobalt já estava estacionado perto da Casa das Pretas quando Marielle chegou para mediar um debate na noite de quarta-feira. No momento em que o carro da vereadora estacionou, um homem saiu do Cobalt e falou ao celular.

Cerca de duas horas depois, Marielle foi embora no carro com uma assessora e o motorista. O Cobalt também saiu, piscou o farol e seguiu o carro de Marielle. De acordo com a investigação, no meio do caminho, o segundo veículo entrou na perseguição.

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A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito nesta sexta-feira, 16, sobre as cápsulas das armas usadas no assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco. Marielle foi assassinada na noite de quarta-feira, 14, após reunião com grupo de mulheres negras na Lapa, na região central do Rio. Os assassinos alvejaram quatro vezes o rosto da parlamentar. Outras três balas mataram o motorista dela, Anderson Pedro Gomes.

A Perícia da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio concluiu que lotes das cápsulas foram vendidos à Polícia Federal em dezembro de 2006.

A PF informou que, “além da investigação conduzida pela Polícia Civil pelo crime de homicídio, já foi instaurado inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime”.

“A Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro reiteram o seu compromisso de trabalhar em conjunto para a elucidação de todos os fatos envolvendo os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, ocorrido na noite da última quarta-feira, no Rio de Janeiro”, afirma a PF em nota.

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