A investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes tem um novo elemento: a polícia suspeita que um segundo carro tenha dado cobertura aos assassinos na noite de quarta-feira (14). A informação é do G1.

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Segundo os investigadores, esse veículo teria ficado por duas horas próximo do local onde a vereadora participou de um encontro contra o racismo no centro do Rio de Janeiro.

Até então, os investigadores sabiam que o Agile branco onde eles estavam, junto, ainda, de uma assessora que ficou ferida por estilhaços, havia sido seguido por cerca de quatro quilômetros.

Marielle não tinha o hábito de andar no banco de trás do veículo, que tem película escura nos vidros. Na noite de quarta, no entanto, ela estava no banco traseiro, o que seria mais uma prova de que os assassinos estavam observando a vítima há algum tempo. De acordo com a Divisão de Homicídios, o atirador seria experiente e sabia o que estava fazendo.

Ainda segundo a polícia, os disparos foram efetuados a cerca de dois metros do carro das vítimas, quando um outro automóvel, um Cobalt prata, emparelhou. A placa do carro foi indentificada, mas os detalhes e as imagens não foram divulgados.

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Durante toda a quinta-feira (15), o local do crime foi periciado e testemunhas, entre elas a assessora de Marielle, foram ouvidas. Além disso, o serviço Disque Denúncia do Rio de Janeiro recebeu 10 ligações com informações sobre o assassinato. O conteúdo das ligações não foi divulgado, já que o serviço garante o anonimato e transmite as informações exclusivamente à polícia.

O Disque Denúncia divulgou nesta quinta um cartaz em que pede informações que ajudem a descobrir quem matou Marielle e Anderson. Não há recompensa pelas eventuais informações.

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