O promotor de justiça Isaac Newton Belota Sabbá considera que o professor de pós-graduação Diego do Carmo Berro, 32 anos, foi vítima de homicídio qualificado _ quando não há possibilidade de defesa. Ele foi morto durante uma briga em frente a um posto de combustíveis na Avenida Brasil, no Pontal Norte de Balneário Camboriú, na madrugada de 31 de março.

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Sabbá antecipa que na primeira audiência de instrução do caso, às 13h15 desta sexta-feira, vai pedir a pronúncia dos acusados Lucas Costa, 21 anos, e Deived Juliano de Goss, 23 anos, para que eles sejam julgados pelo Tribunal do Júri.

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_ Não há indicativo de qualquer motivação. Foi um ato brutal por parte dos réus, que não ocasionaram nenhuma defesa à vítima _ afirma.

O promotor também informou, que após as prisões dos acusados, ouviu um frentista que trabalhava no posto na madrugada do crime. Ele é uma das principais testemunhas do caso.

Na audiência de instrução estão previstos os depoimentos das testemunhas de acusação, em seguida das de defesa e, por fim, o interrogatório de Costa e Goss. Sabbá esclarece que eles têm o direito de permanecer calados.

_ Acho que amanhã eles vão referir algo a respeito. É a oportunidade que eles têm de se defender _ prevê.

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Caso os acusados sejam julgados por júri popular e sejam condenados por homicídio qualificado, como deseja o promotor, eles podem pegar no mínimo 12 anos de prisão em regime fechado. Para Goss, que possui condenação por furto, a pena pode ser aumentada em até 1/6.

Contraponto

O advogado de Deived Juliano de Goss, Raphael Danille Correia, argumenta no pedido de habeas corpus solicitado ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina que Goss agiu em legítima defesa ao desferir “apenas dois socos”: ” Com o objetivo de repelir injusta agressão perpetrada pela vítima e repelir perigo iminente”, escreveu. A defesa de Goss também sustenta que ele deveria responder por lesão corporal seguida de morte, já que não houve a intenção.

A reportagem de O Sol Diário não conseguiu encontrar o advogado de Lucas Costa, Julio Cesar Philippi, e também não teve acesso a defesa feita por ele no site do Tribunal de Justiça.

Veja as imagens da briga: