A delegada Daniela Souza, que fez o flagrante de espancamento e morte de Diego do Carmo Berro, 32 anos, em Balneário Camboriú, ouviu ainda na madrugada de terça-feira os jovens presos após o crime. À polícia, Lucas Costa, 21 anos, alegou legítima defesa e disse ter sido agredido pela vítima. Deived Juliano Goss, 23 anos, preferiu não se manifestar.

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No depoimento, conta a delegada, Costa disse que Berro bateu no vidro do carro onde o grupo de amigos estava, perguntou se iriam abastecer e em seguida acertou-lhe um soco. Na sequência, disse o jovem à polícia, começou a briga.

A delegada ouviu também o jovem que estava junto com Costa e Goss no posto quando a briga começou:

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_ Ele disse que não sabia o motivo da briga e quando viu não pôde mais fazer nada.

A delegada acredita que não houve legitima defesa. Ela atribui a avaliação ao que ouviu nos depoimentos até agora, e observa que os jovens presos não tinham lesões aparentes que pudessem comprovar terem sido agredidos.

_ A vítima correu do local, eles foram atrás e espancaram ela, não vejo legítima defesa nisso. O amigo deles, que estava no carro, não fala em momento algum em legítima defesa. Outra testemunha alega que eles deram chutes quando a vítima já estava caída.

Agora a delegada aguarda os resultados dos exames periciais e a análise das filmagens de três estabelecimentos comerciais próximos ao local do crime. Daniela disse ainda que, preliminarmente, a causa da morte teria sido múltiplas lesões no crânio.

Veja as imagens da briga:

O crime

A Polícia Militar relatou que o crime ocorreu na Rua 1.911, esquina com a Avenida Brasil, no Centro, por volta da 1h30, em frente a um posto de combustíveis. Uma equipe chegou ao local após testemunhas acionarem a viatura que fazia rondas no local, informando que havia um homem caído no chão.

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A vítima teria se envolvido em uma briga com um grupo de três jovens, que chegaram de carro ao posto de combustíveis próximo do local do crime, segundo a PM. Dois suspeitos tentaram fugir do local, mas foram capturados pelos policiais. A polícia explicou que o terceiro rapaz não teria participado das agressões e, por isso, não foi preso.

Contraponto

A reportagem tentou contato com os advogados dos suspeitos, mas não foram encontrados. Funcionários do Presídio da Canhanduba informaram que não estão autorizados a repassar os dados.