A greve dos ônibus continua na Grande Florianópolis nesta quarta-feira. O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros (Sintraturb) decidiu manter a paralisação, que entrará no segundo dia. A decisão foi tomada após uma assembleia que reuniu centenas de trabalhadores no fim da noite desta terça-feira no centro da Capital. O sindicato também orientou que motoristas e cobradores não obedeçam a decisão judicial, que determinou que os ônibus circulem com horário de sábado a partir das 6h desta quarta, mas respeitem colegas que queiram trabalhar.
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Segundo o assessor político do sindicato, Ricardo Freitas, a lei de greve não estabelece distância mínima para que os grevistas fiquem da entrada das garagens nem percentuais de frota mínima.
— Distância de garagem e frota mínima são sempre determinação judicial — afirmou Freitas.
Um pouco mais cedo, o Tribunal Regional do Trabalho determinou que os ônibus voltem a circular na grande Florianópolis, cumprindo a tabela de sábado. A decisão foi tomada após reunião no TRT com o Sindicato das Empresas (Setuf) e prefeitura da Capital. O Sintraturb não compareceu ao encontro, alegando ter sido convocado em cima da hora. Uma nova reunião está marcada para as 10 horas da manhã desta quarta-feira.
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O desembargador Roberto Guglielmetto explicou que a escala de sábado foi definida para facilitar os usuários quanto aos horários. O juiz também determinou que a Polícia Militar faça a segurança nas dez garagens para garantir a circulação dos ônibus, já que há preocupação de que trabalhadores tentem impedir a saída dos veículos. Em 2012, 2013e 2014 o Sintraturb já não havia cumprido medida liminar de frota mínima.
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Vans em Florianópolis
A prefeitura de Florianópolis informou que continuará acionando vans para o transporte alternativo dentro do município, na tentativa de minimizar o impacto da greve. As demais prefeituras da grande Florianópolis alegam dificuldades financeiras para não oferecer o mesmo serviço.
A principal questão que impede o fim do movimento grevista é o reajuste dos salários. O sindicato dos trabalhadores reivindica um ganho real de 5%, além da reposição do INPC (9,83%). O Sintraturb também pede um aumento do vale alimentação, de R$ 580 para R$ 725, entre outros itens da pauta. O presidente do Setuf (sindicato patronal), Waldir Gomes, já disse que não há como repor acima da inflação.
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