O atendimento em postos de saúde, creches e escolas segue prejudicado, após os servidores municipais de Florianópolis se manterem em greve na assembleia geral na tarde desta quinta-feira.

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Segundo dados da secretaria da Educação, houve um aumento no número de funcionários que aderiram ao movimento e apenas quatro escolas e quatro creches estão funcionando normalmente _ na cidade são 86 unidades de educação infantil e 36 colégios municipais. São 11.440 alunos do ensino fundamental sem aulas (de um total de 14.632 estudantes). O número de crianças sem atendimento nas creches não foi divulgado, mas 51 unidades estão fechadas.

Na área da Saúde, a situação se manteve em relação ao primeiro dia de paralisação, com a baixa de 90 % dos profissionais das policlínicas e farmácias, além de 50 % dos centros de saúde (são 40 na cidade) e no Centro de Atenção Psicossocial (Caps, no Centro. As Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) não aderiram à greve.

Florianópolis, que não atingiu a meta de 80 % do público alvo da campanha da vacinação contra a gripe A (somente 46 % vacinado), foi beneficiada pela medida do Ministério da Saúde que prorrogou o prazo para 30 de maio _ o último dia era nesta sexta-feira. A Vigilância Epidemiológica em Saúde garantiu que todos os postos possuem a vacina, mas por conta da paralisação faltam enfermeiros para aplicar as doses. Nem a Vigilância, nem a Secretaria Municipal da Saúde souberam informar quais postos não tem capacidade mínima para vacinar a população.

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Os atendimentos devem permanecer prejudicados nesta sexta-feira, pelo menos até a nova assembleia geral marcada para as 13h30min, na Praça Tancredo Neves, no Centro. Os grevistas aguardam uma nova proposta da prefeitura, o que deve acontecer ainda durante a manhã.

Os servidores rejeitaram a última proposta do Poder Público e protocolaram novo pedido de negociação na Secretaria de Administração, na Rua Conselheiro Mafra, na tarde desta quinta-feira. O parcelamento do reajuste segundo o INPC (inflação) e divergências no plano de carreiras oferecido pela prefeitura foram os principais pontos no argumento do Sintrasem, que encabeça a greve.

Números da greve:

Creches

4 funcionando

31 atendimento parcial

51 sem atendimento

Ensino Fundamental

4 funcionando

12 atendimento parcial

20 sem atendimento

Alunos

11.440 sem aula

3.192 seguem estudando

Funcionários da Saúde que aderiram à greve:

90 % nas policlínicas e farmácias

50 % nos postos de saúde

50 % no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Centro

70 % no Caps da Ponta do Coral

UPAs não aderiram à greve