Na primeira manhã de greve dos servidores municipais de Florianópolis serviços como postos de saúde, creches e escolas já estavam fechadas. A situação é mais grave na educação, onde 60 das 122 unidades escolares amanheceram fechadas. Outras 41 funcionam em regime parcial.

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Na área da saúde, a adesão foi de 90% dos profissionais nas policlínicas e nas farmácias, de 50% dos funcionários nos centros de saúde, de 50% dos profissionais no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) no Centro e de 70% no Caps na Ponta do Coral. As Unidades de Pronto Atendimento (Upa 24 horas) não aderiram à greve.

O secretário de administração, Gustavo Miroski, se reuniu com integrantes do Sindicato dos servidores na tarde desta quarta-feira. Segundo ele foi apresentada a proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Civil ser enviada até julho deste ano para a Câmara de Vereadores, com possível aprovação até novembro.

Miroski destaca que ainda foram apresentadas a reposição inflacionária a 6% para todas as categorias e 12% de aumento no vale-alimentação. Até as 19h30min, a diretoria do sindicato não atendeu aos telefonemas da reportagem para comentar as propostas. O Sintrasem acredita que cerca de 70% dos servidores pararam. Uma assembleia está marcada para o começo da tarde desta quinta-feira, na Praça Tancredo Neves.

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Escolas como a Maria Tomázia Coelho (no bairro Santinho), Herondina Medeiros Zeferino (Ingleses) e Antônio Paschoal Apóstolo (Rio Vermelho) chegaram a colocar no Facebook avisos que não abririam neste 7 de maio. Outras, como a Donícia Maria da Costa (Monte Verde) preferiram colocarem cartazes informando da greve.

Para quem precisa de creches para deixar os filhos e ir trabalhar, o primeiro dia da greve foi de dor de cabeça.

– Um dos meus filhos consegui trazer para o trabalho. Outro deixei com um amigo, mas ele só pode cuidar de manhã e terei que faltar o trabalho de tarde – conta Berenice Terezinha Pedro, 41 anos.

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Berecine, que mora no Rio Vermelho, afirma que recebeu uma comunicação via Facebook da creche Poeta Cruz e Souza sobre o fechamento da unidade escolar.

– Eu acredito que seja justo a reivindicação dos servidores, mas não poderia prejudicar tanto os pais que precisam da creche para trabalhar – opina Berenice.

Saúde

A área da saúde teve unidades com o atendimento parcial. Itacorubi e Saco Grande funcionavam de forma parcial pela manhã, mas sem formação de fila ou registro de confusões.

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Na Trindade – um dos maiores postos de saúde da Ilha – apenas a recepção estava funcionando. Apesar de não ter cartazes de greve, cadeiras bloqueavam a sala de espera.

Francicleide Silva, grávida, procurava a vacina antitetânica – obrigatória para gestantes – e passou por dois postos de saúde, sem sucesso:

Agora não sei, me orientaram a procurar o Hospital Universitário – disse Francicleide.

Antônio José Dorvalino, 68, também ficou surpreso quando procurou o posto de saúde. Ele buscava seus remédios para diabete, que devem acabar na quarta. É a primeira vez que teve problemas para conseguir o medicamento:

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– Amanhã acaba o remédio. Falaram que vai ter uma negociação e pode ser que abra amanhã. Estou torcendo por isso, senão terei que comprar e nem sei quanto isso vai me custar – disse Antônio.

Assista ao vídeo: