Os servidores municipais de Florianópolis decidiram em assembleia na tarde desta quinta-feira manter a paralisação nos serviços em diversos setores. Trabalhadores da saúde, educação, assistência social e coleta de lixo, entre outros setores, rejeitaram a nova proposta do Poder Público, encaminhada pela Secretaria da Administração na tarde desta quarta-feira. A diretoria do Sintrasem, sindicato que lidera o movimento de greve que completou dois dias, quer manter as negociações.

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– A proposta avançou em alguns pontos, mas continua com o parcelamento do reajuste segundo o INPC (a inflação), com a última parcela só no ano que vem. O plano de cargos e carreiras tem algumas divergências com a nossa proposta e vai trazer prejuízo para diversas categorias. Queremos um plano que não traga prejuízo – disse o diretor administrativo do Sintrasem, Márcio Bittencourt do Nascimento.

Na proposta do Executivo, foi apresentadas a reposição inflacionária a 6% para todas as categorias e 12% de aumento no vale-alimentação, além do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Civil ser enviada até julho deste ano para a Câmara de Vereadores, com possível aprovação até novembro. Porém, a categoria quer que o plano seja implantado ainda este ano.

Após a votação pela permanência da greve, na Praça Tancredo Neves, os manifestantes seguiram a pé em direção ao prédio da Administração, na Rua Conselheiro Mafra, onde foi protocolado mais um pedido da categoria. De acordo com a assessoria da Administração, uma nova reunião entre prefeitura e sindicato deve ser marcado até a manhã desta sexta-feira.

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Os grevistas voltam a se reunir na Praça Tancredo Neves em assembleia geral na tarde desta sexta, a partir das 13h30min. A paralisação tem prejudicado o atendimento em postos de saúde, creches e escolas. A situação é mais grave na educação, onde mais da metade das unidades escolares foram afetadas.