O advogado Marlon Bertol conversou com o Diário Catarinense sobre a operação Bola Murcha, que prendeu o ex-secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura Gilmar Knaesel (PSDB). De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Knaesel é mentor e principal beneficiário de manobras feitas por subordinados no esquema de organizações não governamentais (ONGs) fantasmas que recebiam verba pública.

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Como a defesa avalia o conteúdo das escutas telefônicas sobre Gilmar Knaesel?

Quantas interceptações vocês acharam do Gilmar diretamente vinculando ele a alguma coisa? Eu não achei. Ele não sabia de nada da cooptação de testemunhas, não tinha como saber, não participou da conduta.

A polícia considera a gravação mais importante quando ele fala em relação ao Leandro (Leandro Laércio de Souza, outro preso) sobre tirar cópias. O que ele quis dizer?

Eu também estou querendo saber. São cópias do inquérito que estava tramitando na Deic.

Mas ele sabia então da investigação?

Claro que sabia, essa investigação existe desde 2014.

Qual a relação dele com o Leandro?

Não conheço o Leandro e não sabia da relação dele com o Leandro, nem sei se tem relação.

E sobre as acusações de fraude?

Acha uma interceptação dele ou alguma testemunha que diga que ele tentou cooptar ou qualquer coisa que ligue diretamente ele ao fato. Eu li as 800 folhas e não achei.

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O assessor Kléber cita em diálogos um “Gê” (Gilmar Knaesel, segundo a Deic). Ele era conhecido como “Gê”?

Para mim nunca na vida, eu o conheço há mais de 50 anos e nunca ninguém chamou ele de “Gê”. Da premissa que eles partiram à conclusão que eles chegaram há uma distância gigante.

Mas e as condenações dele pelo Tribunal de Contas do Estado sobre o repasse de verbas?

Uma coisa é o Tribunal de Contas (TCE), outra coisa é a Justiça criminal. Tudo que existe a nível de TCE não passou de irregularidade administrativa e não é crime. O Gilmar até agora não respondeu a nenhuma ação penal.

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