O mistério criado pelo naufrágio de um iate entre as ilhas Moleque do Sul e das Três Irmãs, na Grande Florianópolis, deve começar a ser solucionado a partir da próxima semana. Com a autorização dada pela Capitania dos Portos na sexta-feira, a retirada do barco será feita a partir de segunda caso o tempo favoreça a operação.

Continua depois da publicidade

Após a reflutuação, a Capitania dos Portos irá começar uma perícia na embarcação e tem até 90 dias para concluir a investigação.

:: Capitania dos Portos desconhecia problemas de iate

:: Iate deveria transportar até seis pessoas e apenas em áreas costeiras

:: Barco pesqueiro é desencalhado da praia de Florianópolis

Continua depois da publicidade

Segundo a Capitania dos Portos, o proprietário do iate é responsável pela retirada da embarcação do fundo do mar. As empresas que podem prestar este serviço devem estar cadastradas na Marinha, mas também precisam apresentar um plano detalhado da operação.

Envolvidos discordam

O naufrágio do Gladiador 8, avaliado em R$ 3,2 milhões, se tornou motivo de discórdia durante a semana passada. O dono do iate, Fernando Cruz, diz ter comunicado à Marinha que o barco não tinha condições de navegar. Ronald Miro Barton, depositário do barco, diz que o comandante saiu sem autorização e desobedeceu instruções claras.

Por sua vez, o comandante José Augusto da Costa Lopes afirma que foi vítima de sabotagem, pois o proprietário não teria autorização para entrar na embarcação e fazer um laudo por conta própria. Já a Capitania dos Portos informa que não tinha conhecimento de restrições à navegação do Gladiador 8.

O barco saiu debaixo da ponte Hercílio Luz na tarde de 1º de novembro e afundou no Sul de Florianópolis por volta das 18h30min. Nenhum dos passageiros, na sua maioria conhecidos do comandante, ficou ferido. No momento do acidente um barco de pesca os resgatou, e ainda não há resposta definitiva sobre os motivos do naufrágio.

Continua depois da publicidade