A transparência da restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, é uma das principais cobranças dos integrantes da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE) em manifesto emitido na última semana. Como resposta, o governador Raimundo Colombo afirmou nesta quinta-feira que quer segurança e transparência na reforma e nas futuras decisões envolvendo a estrutura.

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No documento da ACE, assinado pelo presidente da entidade, o engenheiro civil Carlos Koyti Nakazima, os especialistas pedem que os fatos envolvendo a ponte sejam esclarecidos à sociedade. No texto de Nakazima, os engenheiros chamam para o debate “todas as forças vivas da sociedade catarinense”.

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Um dos apontamentos da ACE é que a comissão de acompanhamento das obras de restauração, criada no papel em 2011, nunca se reuniu. “Referida comissão nunca foi de fato efetivada; portanto, o controle técnico e social dessa obra permanece inexistente”, afirma Nakazima no manifesto. Ao encerrar o manifesto, a entidade pede que haja uma união de esforços visando a melhor aplicação dos recursos na reforma.

Para o governador, a reforma é uma responsabilidade muito grande. Nesta quinta, ele afirmou que o Estado está discutindo formas de fechar o contrato com a empresa portuguesa Empa para a parte mais importante da obra, que é a restauração do vão central e das barras de olhal.

– Eu acredito que se fizer com transparência e com segurança todos vão compreender e ajudar. O que eu preciso é dos elementos e fundamentos para poder apresentar a sociedade – relatou o governador depois de afirmar que os técnicos da área jurídica estão estudando possibilidades para o novo contrato.

Colombo afirma que a intenção é dentro de alguns dias entregar à sociedade a conclusão do estudo e debater juntamente a proposta:

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– Não vamos decidir nada sozinhos. Vamos levar o parecer técnico de engenharia e jurídico para que todos os órgãos de controle, de fiscalização e a sociedade como um todo possa nos ajudar na decisão.

A obra atualmente está dentro do contrato de R$ 11,4 milhões que serão pagos à Empa para a finalização da estrutura que vai sustentar o vão central durante a reforma. Os trabalhos estão previstos para terminar em fevereiro do ano que vem.