As buscas ao iate de luxo que naufragou no dia 1º de novembro na região entre as ilhas Moleque do Sul e das Três Irmãs, na Grande Florianópolis, continuam. Equipes da empresa Mares dos Sul Salvage estão desde a segunda-feira, dia 11, realizando buscas. O plano de reflutuação da embarcação foi autorizado pela Capitania dos Portos na sexta-feira, dia 8, mas a retirada do barco ainda não tem data para acontecer.

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Após a localização do iate, o procedimento deve demorar de 10 a 15 dias. De acordo com Flávio Sarmento, funcionário da empresa, serão colocados balões que levantarão a embarcação para fora d’água.

O próximo passo será levar o iate para um estaleiro para reforma. Ronald Miro Barton, responsável pelo iate por decisão judicial, garantiu que o barco será restaurado.

Após a reflutuação, a Capitania dos Portos fará uma perícia na embarcação. O prazo para concluir a investigação será de até 90 dias.

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Envolvidos discordam

O naufrágio do Gladiador 8, avaliado em R$ 3,2 milhões, se tornou motivo de discórdia durante a semana passada. O dono do iate, Fernando Cruz, diz ter comunicado à Marinha que o barco não tinha condições de navegar. Ronald Miro Barton, depositário do barco, diz que o comandante saiu sem autorização e desobedeceu instruções claras.

Por sua vez, o comandante José Augusto da Costa Lopes afirma que foi vítima de sabotagem, pois o proprietário não teria autorização para entrar na embarcação e fazer um laudo por conta própria. Já a Capitania dos Portos informa que não tinha conhecimento de restrições à navegação do Gladiador 8.

O barco saiu debaixo da ponte Hercílio Luz na tarde de 1º de novembro e afundou no Sul de Florianópolis por volta das 18h30min. Nenhum dos passageiros, na sua maioria conhecidos do comandante, ficou ferido. No momento do acidente um barco de pesca os resgatou, e ainda não há resposta definitiva sobre os motivos do naufrágio.

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