O cão Ice do Corpo de Bombeiros de Itajaí participa desde a manhã de sexta-feira de buscas ao menino Ícaro Alexandre Pereira, sete anos. O garoto desapareceu de casa no dia 9 de fevereiro e até agora a Polícia Civil tem poucas pistas sobre seu paradeiro. As buscas se concentraram em uma mata ao lado do Zoológico Cyro Gevaerd, no bairro Nova Esperança, em Balneário Camboriú.
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De acordo com a polícia, há indícios fortes de que o menino esteja morto. Por isso, o cão do Corpo de Bombeiros vai dar apoio das buscas – Ice é treinado para localizar odor específico de putrefação da carne humana. Segundo a delegada Ruth Henn, foram repassadas informações de que poderia haver vestígios de Ícaro no local.
– Em função do tempo que passou solicitamos o apoio do cão para fazer o rastreamento da área. Se o menino passou ou está no local enterrado, por exemplo, este cão teria possibilidade de localizar corpo – explica.
As buscas devem se estender por toda tarde de sexta-feira e, provavelmente, pelos próximos dias, já que a área analisada é bastante grande. Nenhum indício do menino foi localizado até o momento.
Investigação
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Além de policiais da Delegacia de Mulher do município, agentes da Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Santa Catarina, com sede em Florianópolis, também acompanharam as buscas. O delegado Wanderley Redondo afirma que os policiais estão checando todas as informações que surgem sobre o caso.
– Pelo que foi apurado há indícios muito fortes de que o menino possa estar morto. Estamos checando a informação deste local e também outros pontos onde é comum a desova de corpos – relata.
Conforme Redondo, a polícia perdeu muito tempo no início da investigação, porque não se imaginava a participação de familiares. Antes de Ícaro, a Delegacia de Pessoas Desaparecidas só havia registrado outros dois casos parecidos: o caso Emili, que até hoje não foi solucionado em Jaraguá do Sul, e o caso do menino Kaik, encontrado no ano passado em Balneário Piçarras.
Segundo o delegado, o envolvimento de parentes dificulta muito o trabalho da polícia e a obtenção de informações. Redondo explica ainda que em SC existem poucos casos de crianças desaparecidas, a maioria está relacionada com brigas familiares ou separação dos pais.
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