Albano Schmidt

Presidente da Termotécnica

O mundo não tem mais espaço para o capitalismo selvagem, baseado exclusivamente no lucro. O equilíbrio entre os resultados financeiros e a sustentabilidade, a humanização e o bem-estar são o alicerce de um novo modelo econômico, o capitalismo consciente.

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É uma nova forma de pensar e administrar que vem, gradativamente, tomando corpo entre as empresas de diversos países, entre os quais, o Brasil.

Vivemos um período em que a sociedade trabalha em busca de realização e está à procura de uma empresa que tenha entre seus objetivos fazer a diferença na vida das pessoas.

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A juventude não está mais disposta a esperar 30 anos para se aposentar e ser feliz. Seus conceitos mudaram.

A felicidade deve estar presente durante toda a trajetória.Como gestor, percebo que tanto os clientes internos quanto os consumidores exigem essa nova postura. Não abrem mão do senso crítico e valorizam os investimentos em projetos que beneficiam a natureza e a comunidade, que melhoram a qualidade de vida das pessoas e interajam com elas.

O sistema capitalista como um todo deve acordar para essa nova realidade e, para se destacar no mercado, as empresas precisam atuar como agentes transformadores da sociedade. Ações que potencializam a realização no ambiente de trabalho devem fazer parte da rotina.

A valorização pode se materializar a partir de um plano de carreira estruturado, da viabilização de cursos e treinamentos, da disponibilização de um espaço de integração para que o colaborador tenha momentos agradáveis e aproveite seus horários de folga.

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Mas ações intangíveis, como encontros e reuniões informais com os gestores ou o reconhecimento público por determinada atuação, podem gerar movimentos positivos importantíssimos para a empresa.

Vale destacar que o registro desses investimentos no bem-estar e em projetos ligados à sustentabilidade – atividades que, aparentemente, não fazem parte do escopo da empresa – é muito importante.

Compartilhar essas experiências com os colaboradores e com a comunidade gera um dos tão esperados retornos do capitalismo consciente, o orgulho de pertencer. O capitalismo consciente apresenta uma nova forma de fazer negócios e se relacionar com seus stakeholders.

A geração de lucro e riqueza continua sendo fundamental, caso contrário, o objetivo maior do negócio – que é o de gerar desenvolvimento e prosperidade – fica comprometido.

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As empresas precisam olhar para a sua atividade de uma forma mais holística, perceber os indivíduos que são impactados e atuar com o objetivo de satisfazer as suas necessidades.

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