Há 50 anos, o Grupo Escoteiro Príncipe de Joinville (GEPJ) iniciava sua trajetória na cidade. Viagens, acampamentos, aventuras, muitas histórias para contar e boas ações marcam a trajetória do grupo, que atualmente conta com 135 integrantes, entre lobinhos, escoteiros, seniores, pioneiros e chefes. Os encontros do GEPJ são realizados todos os sábados, das 15h às 17h30.

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O compromisso com as boas ações é firmado logo no início da trajetória de um lobinho, que são os integrantes mais novos do movimento. Faz parte da promessa dos pequenos fazer todos os dias uma boa ação. Os “velhos lobos” é que ensinam os recém-chegados. Os membros são separados em ramos por faixas etárias: de seis a dez anos (lobinhos), 11 a 14 anos (escoteiros), 15 a 18 anos (seniores) e 18 a 21 (pioneiros). Para liderá-los, há uma equipe de chefes que atua de forma voluntária.

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Luiz Cesar de Simas Horn, de 60 anos, é um dos personagens que fazem parte da história do Príncipe. Há 45 anos no grupo, é um dos integrantes mais antigos. Lembra que a fundação ocorreu no dia 2 de setembro de 1967 pelo professor Paulo dos Reis em uma parceria com a Prefeitura de Joinville, na época comandada por Nilson Wilson Bender. Por isso, a escolha do nome, do escudo (que é a bandeira do município) e das cores do lenço (azul e branco). O GEPJ teve como primeira sede uma sala na Prefeitura, que fazia frente para a rua Padre Carlos e fundos para a entrada do então “galpão da catedral”, com acesso pela travessa São José (hoje avenida JK).

— O grupo sempre teve uma ligação muito forte com a comunidade e sempre esteve muito ligado às necessidades e interesses da cidade. Sempre participamos de eventos comunitários e de campanhas. O envolvimento comunitário é uma característica nossa, sempre tivemos essa preocupação — afirma Luiz Cesar, que faz parte da diretoria de eventos do GEPJ. Ele destaca a participação do grupo após as enchentes em Santa Catarina em 1983 e 1984, quando o Príncipe ajudou na arrecadação de alimentos e enviou voluntários para as cidades atingidas.

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Integrantes participam de campanhas e eventos comunitários
Integrantes participam de campanhas e eventos comunitários (Foto: Divulgação / Grupo Escoteiro Príncipe de Joinville)

O Príncipe, de acordo com Luiz Cesar, é o grupo escoteiro em atividade e ligado à Organização Mundial do Movimento Escoteiro e à União dos Escoteiros do Brasil (UEB) mais antigo de Joinville. Sua sede fica na rua Corupá, no bairro Atiradores. O grupo se destaca também pela participação nas direções nacional e estadual e em eventos internacionais, como o Jamboree Mundial.

— Nestes eventos, crianças e jovens podem conhecer outras realidades e culturas. Nos acampamentos, oferecemos a eles diferentes experiências e convivências — diz. Segundo ele, o slogan do movimento é “Educação para a vida”. O escotismo se faz, de acordo com Luiz, com “muito idealismo” e “bastante fé no trabalho”.

GEPJ é o grupo escoteiro ligado à União dos Escoteiros do Brasil (UEB) mais antigo de Joinville
GEPJ é o grupo escoteiro ligado à União dos Escoteiros do Brasil (UEB) mais antigo de Joinville (Foto: Salmo Duarte / A Notícia)

A experiência educativa do escotismo

As atividades dos escoteiros, em geral, são feitas ao ar livre. Faz parte da metodologia do movimento, diz Luiz Cesar.

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— Essas atividades oferecem uma experiência muito rica. Não só pela proteção à natureza, mas também pela experiência de que o jovem tem de tomar decisões, ser protagonista. Tem que montar a barraca, preparar sua alimentação, dividir as tarefas com sua patrulha, tudo de forma organizada. Isso ajuda o jovem a ter experiências diferentes, a tornar a sociedade mais colaborativa e desenvolver noções de liderança. O grande negócio do escotismo é oferecer uma atividade aos jovens que garanta uma experiência educativa. E fazemos isso pela prática — destaca.

– A aventura atrai o jovem, mas não é só isso. Quando o jovem faz rapel pela primeira vez, ele vê que pode ir além dos limites que ele imaginava que tinha, que pode vencer obstáculos e as dificuldades.

Faz parte da promessa dos lobinhos
Faz parte da promessa dos lobinhos “fazer todos os dias uma boa ação” (Foto: Carsten Horst / Grupo Escoteiro Príncipe de Joinville)

Apesar do calendário “bastante denso”, a presidente Vanessa Cristina Melo Randig, de 37 anos, afirma que o Príncipe está sempre aberto a parcerias com a comunidade. Segundo ela, o perfil de pessoas que procuram o movimento é bastante diverso. Desde os mais tímidos até aqueles que buscam por aventura ou que se interessaram porque os pais participaram, conta Vanessa.

— Uma coisa que é interessante é que muitas famílias inteiras têm procurado o grupo para participar. E são as mais diversas famílias, diversos modelos — explica Vanessa, que integra o GPEJ há 25 anos.

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O Príncipe se mantém por meio da contribuição mensal dos integrantes – o valor é definido em assembleia com os pais. Não há, segundo a direção, nenhum recurso público. Quem quiser participar do GEPJ deve acessar o site www.principe.org.br. Para ser lobinho e escoteiro, entretanto, é preciso aguardar na fila de espera, já que estas seções estão completas. Atualmente, Joinville conta com oito grupos escoteiros. São 708 membros, sendo 512 juvenis e 196 adultos.

Grupo se mantém por meio da contribuição mensal dos integrantes
Grupo se mantém por meio da contribuição mensal dos integrantes (Foto: Salmo Duarte / A Notícia)

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