Foi oficialmente anunciada no fim da tarde desta terça-feira a assinatura da ordem de serviço para a continuidade das obras emergenciais na ponte Hercílio Luz. A empresa Empa – do grupo português Teixeira Duarte – foi novamente contratada para prosseguir na montagem da estrutura de sustentação inferior do cartão-postal. O valor do contrato é de R$ 11,4 milhões, com prazo de conclusão previsto em 180 dias a partir de agora.

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Na última sexta-feira o DC havia antecipado a contratação, que novamente será com dispensa de licitação. Na prática, o governo estadual está formalizando um segundo contrato para dar continuidade aos trabalhos que são considerados pelo Departamento de Infraestrutura (Deinfra) como emergenciais.

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O primeiro contrato com a Empa, no valor de R$ 10,5 milhões e com dispensa de licitação, foi firmado em abril deste ano e previa a construção das quatro torres de sustentação, com término em outubro. Agora o novo contrato será voltado para a conclusão de toda a “Ponte Segura”. Com isso os trabalhos emergenciais na Hercílio Luz terão um ano de duração com custo total de R$ 21,9 milhões.

O contrato atual prevê a instalação de um leito de madeira que irá percorrer toda a parte inferior da ponte e será anexada às quatro torres. Neste leito serão instalados 54 macacos hidráulicos que darão segurança plena ao cartão-postal contra desabamento e servirão para executar a transferência de carga, considerada a etapa mais delicada da restauração.

Trecho do contrato firmado entre o governo de SC e a empresa Empa nesta terça

A equipe de engenharia do Deinfra explica que as o canteiro de obras não será desmontado e que os trabalhos continuarão normalmente. Antes o governo esperava que a American Bridge – mesma empresa que construiu o cartão-postal na década de 1920 – daria continuidade às obras da etapa “Ponte Segura” após a conclusão das quatro torres. Mas como os americanos não aceitaram até agora trabalhar na Hercílio Luz, o Deinfra firmou novo acordo a Empa sob a justificativa de que a continuidade da estrutura inferior é, também, emergencial.

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Segundo o presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, o segundo contrato funciona como uma complementação do primeiro.

– Na realidade essa ordem de serviço é para complementação da etapa da Ponte Segura. É uma etapa importante para a complementação final da ponte. Assinamos hoje a ordem de serviço com a Empa. Essa empresa que já está instalada, mobilizada, que executou a primieira etapa, o que prova sua qualificação. Ser]ao construídos 200 metros de treliça, dividida em cinco partes, com 100 toneladas cada. Aí estamos falando de 500 toneladas de aço – explicou o presidente.