O sucesso recente de Tite à frente da Seleção Brasileira tem inspirado jovens treinadores a praticarem o mesmo modelo de jogo em suas equipes. E este é o grande objetivo de Fabinho Santos, técnico do Joinville. Promovido à equipe profissional no fim do ano passado, ele terá a missão de resgatar a alegria do torcedor tricolor, abalado pelos dois rebaixamentos nas últimas temporadas.
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Para atingir a meta já no Catarinense, Fabinho quer o JEC valorizando a posse de bola, assim como faz a Seleção de Tite. Segundo ele, esta característica pode ser um diferencial para o grupo composto por atletas da base, e nomes experientes, como o veterano Lúcio Flávio, de 38 anos.
Além do modelo de jogo, Fabinho que extrair dos jogadores o máximo de potencial, assim como fez Tite no Corinthians, quando conquistou títulos importantes com elencos formados por vários atletas renegados.
– Eu sempre gostei da maneira como ele trata o atleta. O Tite tem a capacidade de, numa conversa, tirar um pouco mais do jogador – analisa.
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Se a fórmula de Tite funcionar à frente do JEC de Fabinho Santos, o sergipano de 43 anos terá atingido o desafio que estabeleceu como meta na atual temporada.
– Como treinador, gostaria muito que a gente voltasse a apresentar um futebol bonito que, no final, a gente pudesse realmente vencer os jogos. O torcedor precisa disso, ver um bom jogo. E eu quero trazer alegria novamente ao torcedor do Joinville.
Fabinho Santos, técnico do Joinville, fala sobre o seu estilo à frente do time
Qual é a equipe ou o técnico que te serve como referência?
Eu gosto muito da maneira como o Tite trabalha. Acho que todos nós treinadores temos ele como um espelho, uma referência positiva, mas bem antes de sucesso, eu sempre gostei da maneira como ele trata o atleta. O Tite tem a capacidade de, numa conversa, tirar um pouco mais do atleta.
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Como reconquistar o torcedor do JEC depois de duas temporadas tão ruins?
É um grande desafio. Como treinador, gostaria muito que a gente voltasse a apresentar um futebol bonito que, no final, a gente pudesse realmente vencer os jogos. O torcedor precisa disso, ver um bom jogo.
Você teme arranhar a carreira vitoriosa no clube num cargo tão desafiador?
É um risco, né? Ainda mais neste novo cargo. Em alguns casos, você não tem o tempo necessário para que as coisas aconteçam como você gostaria. Às vezes, no futebol, como jogador, você tem esse tempo. Espero ter o tempo necessário para mostrar aquilo que a gente quer e aquilo que a gente acredita no futebol.
O JEC contratou 11 jogadores. Qual é a avaliação dos reforços?
Estou feliz com as contratações. A gente precisa entender a realidade que estamos vivendo. Acho que o clube conseguiu alguns atletas interessantes e mesclar a experiência e a conduta destes atletas com os jovens será muito interessante. Se conseguirmos dar o nosso melhor dentro de campo, as coisas vão acontecer.
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Jogadores do JEC têm divulgado fotos em que mostram grande união neste começo de temporada. Este poderá ser o diferencial da equipe?
Se conseguirmos manter esta união até o final, vamos ter grandes alegrias. São as vitórias que valorizam esta união do grupo, mas, para elas acontecerem, é preciso entender como somos importantes um para o outro.
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