Subiu para 74 o número de casos de dengue em Santa Catarina. Do total, 61 são autóctones (transmitidos dentro do próprio Estado), sendo 59 registrados no município de Itajaí, nos bairros São Vicente e Cordeiros, e dois em Joinville, um no bairro Vila Nova e outro em Pirabeiraba. O número de casos repassado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) na manhã desta quarta-feira foi de 55 casos autóctones confirmados, todos de Itajaí. As outras seis ocorrências de transmissão dentro do Estado (quatro em Itajaí e duas em Joinville) foram divulgadas pelas secretarias municipais de Saúde.

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O levantamento também mostra que há o registro de nove casos importados (contraídos em outros estados/países), registrados em Balneário Barra do Sul (1), Florianópolis (2), Guaramirim (1), Itajaí (1), Três Barras (1) e de moradores de outros locais do Brasil diagnosticados em Santa Catarina (3). Há, ainda, quatro casos confirmados em investigação: Itajaí (1), Araranguá (1), São José do Cedro (1) e Blumenau (1).

Transmissão autóctone supera importada

É a primeira vez nos últimos oito anos que o número de pessoas que contraíram a doença dentro do Estado é maior do que o de casos importados. Essa característica aumenta o risco de que a doença se espalhe para outros locais.

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– O ano passado, com exceção de três casos em Itajaí, nós não tivemos transmissão. Os outros casos eram todos importados. Este ano nós estamos tendo um surto no Estado – explica a gerente de vigilância de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde, Suzana Zeccer.

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Em anos anteriores, as contaminações ocorreram mais ao final do verão, período que concentra a reprodução do mosquito.

Número de infectados pode aumentar até o final do verão

É também a primeira vez que Santa Catarina registra desde o início do verão um caso dessas proporções. Em outras oportunidades, as contaminações ocorreram mais ao final do verão, período que concentra a reprodução do mosquito e a transmissão da doença.

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– O outro momento que tivemos contaminação dentro do Estado, em Chapecó, aconteceu no mês de março. Dessa vez estamos tendo desde janeiro. Se não houver uma diminuição efetiva do mosquito, a tendência é de um aumento no número de casos. Mas o trabalho está sendo feito para que a transmissão seja interrompida – afirmou a gerente de vigilância de zoonoses.

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