A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) confirmou nesta quarta-feira que foram confirmados 134 casos de dengue em Santa Catarina em 2015. Do total, 109 são autóctones (transmitidos dentro do próprio estado), todos infectados em Itajaí. Destes, 107 são residentes Itajaí, um émorador de Balneário Camboriú e outro de Blumenau, mas ambos contraíram a doença em Itajaí.
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Há também registro de 21 casos importados (contraídos fora do Estado), registrados em residentes de:
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– Araranguá (1);
– Balneário Barra do Sul (1);
– Blumenau (1);
– Braço do Norte (1);
– Brusque (1);
– Canoinhas (1);
– Florianópolis (2);
– Guaramirim (1);
– Itajaí (1);
– São José do Cedro (1);
– São José (3);
– Três Barras (1);
– Xanxerê (1);
-Ooradores de outros locais do Brasil (5).
Quatro casos confirmados da doença estão em investigação no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC) para determinar o local de transmissão em Brusque (1), Itajaí (1) e Joinville (2).
Outros 386 casos suspeitos (sendo 143 em Itajaí) estão aguardando resultado do exame laboratorial pelo Lacen/SC e 273 foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue.
Focos do mosquito
No Estado, há 1.567 focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Entre os municípios, os que registram o maior número de focos são:
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– Chapecó (377);
– São Miguel do Oeste (174);
– Balneário Camboriú (169);
– Joinville (140);
– Itajaí (133);
– Xanxerê (94);
– Xaxim (77);
– Nova Itaberaba (43);
– Itapema (40).
Nas últimas semanas, com a intensificação das ações de vigilância e controle da dengue em todo o estado, verifica-se um aumento na sensibilidade da rede de assistência à saúde em detectar casos suspeitos, constatado pelo aumento na notificação de casos.
Até o momento, todos os casos autóctones, cuja transmissão ocorre dentro do Estado, são de pessoas que se infectaram no município de Itajaí, especificamente nos bairros de São Vicente e Cordeiros, o que significa que o surto está restrito a estas localidades. Na semana passada, técnicos da Dive realizaram uma capacitação para médicos e enfermeiros da rede de saúde de Itajaí sobre manejo clínico da dengue.
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Transmissão autóctone supera importada
É a primeira vez nos últimos oito anos que o número de pessoas que contraíram a doença dentro do Estado é maior do que o de casos importados. Essa característica aumenta o risco de que a doença se espalhe para outros locais.
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– O ano passado, com exceção de três casos em Itajaí, nós não tivemos transmissão. Os outros casos eram todos importados. Este ano nós estamos tendo um surto no Estado – explica a gerente de vigilância de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde, Suzana Zeccer.
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Em anos anteriores, as contaminações ocorreram mais ao final do verão, período que concentra a reprodução do mosquito.